Aspectos da vegetação e estado de conservação de nascentes do rio Piauitinga, Sergipe-Brasil

Abstract

A Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Piauitinga é uma área que vem sofrendo diversas transformações ambientais ao longo do tempo em consequência de constantes desmatamentos. O presente trabalho foi realizado com a finalidade de conhecer a composição florística arbóreo-arbustiva, a estrutura fitossociológica e identificar usos e ocupação dos solos das áreas de nascentes do Alto Rio Piauitinga, situadas no município de Lagarto-SE. As análises foram realizadas em um raio de 50m no entorno das nascentes, por meio de censo populacional, contabilizando todos os indivíduos arbustivo-arbóreos vivos com diâmetro à altura do peito (DAP a 1,30m do solo) ≥ 5,0 cm. Registrou-se 1.470 indivíduos, distribuídos em 75 espécies, 57 gêneros e 32 famílias botânicas. Os índices de diversidade (H’) e equabilidade (J’), encontrados foram respectivamente, 3,04 nats.ind-1 e 0,71. A similaridade florística (SJ) variou de 0,08% a 56,2%. A densidade total foi de 104,034 ind.ha-1 e a área basal de 32,21 m².ha-1. Verificou-se apenas uma nascente em estado de preservada, seis perturbadas e 19 degradadas; 22 são pontuais e quatro difusas. E que estão ocupadas principalmente por áreas agrícolas e de pastagens. É possível inferir que as nascentes se encontram em processo de perca de qualidade e produção de suas águas.

Caracterização da precipitação e da vazão no trecho sudoeste da Bacia Hidrográfica do rio Paraguaçu, Bahia, Brasil

“…Com isso, deve-se levar em conta, principalmente, as características e o nível de conservação da vegetação, em especial das nascentes e dos topos de morros em áreas de proteção permanente (APP) em razão de sua importância (como áreas de recargas) para a manutenção das águas subterrâneas, por exemplo (Brasil, 2012;Tambosi et al, 2015;Rodrigues et al, 2015;Ferreira et al, 2021).…”

“…Situação essa que deve ser observada com maior preocupação, portanto, para a região de Iaçu. O que se torna imprescindível, como estratégia para o entendimento dos processos do ambiente, a realização do planejamento ambiental de uso do solo e dos corpos hídricos, a torná-los menos susceptível aos impactos ambientais (Santos et al, 2021). Para Rocha e Santos (2018), o ponto de partida para um planejamento correto dos recursos hídricos, é a integração dos estudos dos regimes hidrológicos dos rios e suas variações nas estratégias de gerência, não perdendo de vista também as alterações antrópicas no fluxo do rio que resultam, principalmente, em problemas de abastecimento.…”