O artigo objetiva avaliar as vantagens comparativas reveladas e a orientação regional das exportações brasileiras de tabaco entre 2006 e 2016 através do cálculo dos índices de VCR IOR, afim de auxiliar na explanação de possíveis impactos na comercialização brasileira do produto para com seus parceiros, contribuindo não apenas para a manutenção de parcerias comercias como também justificando a criação de novos vínculos entre os países estudados. O Brasil apresentou vantagem comparativa para a exportação de tabaco no período selecionado. Em relação à orientação regional, não se observou sua existência entre 2007 e 2009, para a UE e entre 2009 e 2012 para a China, influenciada pela valorização cambial e pela incidência de tarifas à importação. Após 2013 houve reversão desta tendência. O IOR dos EUA apresentou fraca orientação regional devido à forte proteção interna. O mesmo foi verificado para a Índia no período entre 2011 e 2015. Não houve orientação regional para a Argentina e resto do mundo. Assim, observou-se que a prática exacerbada de medidas protetivas, realizada principalmente pelos países desenvolvidos, acaba prejudicando a dinâmica comercial mundial. Com isso, a realização de acordos entre países ou blocos econômicos auxiliaria na redução e possível abolição da utilização de tarifas e barreiras não-tarifárias entre o Brasil e os países aqui destacados. Isto poderá promover não só a manutenção, bem como viabilizar melhorias nas relações comerciais deste mercado extremamente ativo.