As águas do Rio Grande e a prevenção de riscos: o SIG na análise de cenários prospectivos de uso do solo urbano em Bom Jardim, RJ

Abstract

Este artigo apresenta resultados de pesquisa sobre os riscos da ocupação urbana ao longo da bacia do Rio Grande, em Bom Jardim, RJ. São analisados aspectos relacionados às áreas atingidas por inundações, alagamentos e escorregamento de encostas de modo recorrente e às formas de uso e ocupação do solo em suas margens, em abordagem multiescalar e tipo-morfológica, desde a escala macro – da bacia hidrográfica – até o recorte espacial em foco, adotando como referencial teórico noções de sistemas de espaços livres, unidades morfoterritoriais, morfologia urbana e desenvolvimento sustentável. Metodologicamente, aplicam-se, como diferencial inovativo, ferramentas geocomputacionais para análise e construção de cenários prospectivos sobre o uso e ocupação do solo sob a premissa do ordenamento urbano social e ambientalmente equilibrdo. O estudo busca colaborar com a governança local na elaboração de políticas públicas de ordenamento territorial, fornecendo subsídios à elaboração de Plano de Estruturação Urbana para Bom Jardim.

Jardins de infiltração: Um estudo de caso quanto ao impacto no escoamento superficial

“…Sendo que a variável uso do solo é obtido através do valor da Curva-Número, representado pelo valor de CN. O tempo de concentração para esta bacia foi calculado através da equação de Kirpich (Equação 03), amplamente utilizada em bacias urbanizadas (FANG et al, 2008). Com base no tempo de concentração, foi definida a duração do evento de precipitação unitária, para o HUA, sendo adotado como o valor do próprio tempo de concentração (t c = D).…”

“…Nesse sentido, o desenvolvimento e uso de ferramentas computacionais é de extrema relevância para gestores públicos, tendo em vista que as tomadas de decisão quanto aos recursos hídricos devem ser multidisciplinares e de ampla abrangência (VALÉRIO FILHO et al, 2005;SOBREIRA, 2017;ERTHAL, PEREIRA, 2020). O planejamento urbano tem papel fundamental na redução de riscos e desastres e de acordo com a legislação brasileira o plano diretor das cidades é parte fundamental para incorporação de ações de proteção e defesa civil (REANI et al, 2020).…”