Pensar nas paisagens cotidianas é um exercício cultural, (in)consciente, para alguns sujeitos. A cultura, como parte do sujeito, nos impele a significar esses espaços diários e apropriá-los através de seu uso. Nesse contexto, convida-se à leitura de nossas paisagens diárias através da seguinte pergunta: quais as (re)significações simbólicas em maior evidência na paisagem dos espaços públicos de Curitiba/PR? Para tanto, estabeleceu-se como objetivo geral comparar as representações e significados atribuídos ao recorte amostral por meio de uma deriva junto aos sítios selecionados. No que compete aos procedimentos metodológicos, o trabalho possui natureza qualitativa com abordagem exploratóriodescritiva. A pesquisa se dividiu em duas etapas: 1. abordagem etnográfica feita a partir de registros fotográficos realizados em 2023; 2. análise de conteúdo (Atlas.ti) para o estabelecimento de categorias. Esta pesquisa possui como recorte espacial, cinco praças, escolhidas de modo randômico, estratificado por conveniência: (i) do Japão; (ii) Gomm; (iii) de Bolso de Ciclista; (iv) Seu Francisco; (v) Santos Andrade. Dentre os resultados, aponta-se que algumas delas são populares entre os turistas, outras conhecidas por moradores de diferentes partes da cidade e, por fim, as que são conhecidas apenas por moradores do entorno. Em suma, constatou-se uma compreensão das representações da/na paisagem dos espaços de uso público da cidade de Curitiba-PR, e notou-se explícitos contrastes entre as praças, nos elementos fixos e fluxos.