“…Trabalhamos, como veremos adiante, com um acervo disperso entre instituições públicas e arquivos pessoais, pouco ou nada ordenados e constituído por uma tipologia documental variada, que exigiu um esforço intenso de organização e sistematização da documentação, para que pudesse, então, ser analisada, relacionada e interpretada de modo a construir uma narrativa, complementada por consulta aos jornais do período e realização de entrevistas, que nos permitisse uma aproximação coerente e honesta do nosso objeto. 2 As inquietações que nos trouxeram até aqui são continuação de um interesse que se desenvolve há mais de dez anos a partir de uma pesquisa a respeito da Jornada de Cinema da Bahia, que resultou na dissertação, publicada em 2016, Cinema é mais que filme: uma história das Jornadas de Cinema da Bahia (1972)(1973)(1974)(1975)(1976)(1977)(1978) "povoar" nosso texto, trazendo as experiências e memórias de quem vivenciou o processo, seja como curador, aluno dos cursos, realizador ou participante da cena cultural de forma mais ampla, de forma que a nossa interpretação e análise não se tornasse muito impessoal e institucional, ofuscando a capacidade de agência dos sujeitos nos processos apresentados.…”