Os atuais currículos dos cursos de graduação na área da saúde estão em constante reconstrução com o objetivo de garantir a qualificação profissional eficaz, e uma alternativa para os acadêmicos que almejam o diferencial no mercado de trabalho é a formação complementar por meio do currículo informal. Nesse contexto surgem as ligas acadêmicas de medicina (LAM) em que os acadêmicos quando inseridos nessas organizações buscam preencher lacunas do currículo formal. Caracterizar a participação dos acadêmicos de medicina da Universidade Santo Amaro (UNISA) em LAM's, os fatores que influem para a escolha de uma LAM para participação bem como a percepção acerca do impacto dessa relação com as mesmas no desenvolvimento acadêmico pessoal foi o objetivo do presente. Pesquisa de natureza quantitativa, com perspectiva qualitativa, por meio de análise transversal de números absolutos e percentuais e medidas de tendência central. Amostragem não probabilística, por bola de neve, onde acadêmicos de medicina da UNISA receberam um link com convite e formulário eletrônico e o replicaram. 85 respondentes. 73,3% dos participantes de LAM colocam o conteúdo abordado na mesma como o que mais chamou a atenção para o seu ingresso. Das 29 LAM's citadas apenas 3 não são de especialidades médicas. 52% dos acadêmicos não está participando de uma LAM no momento. 77,6% concordam que a liga possibilita trabalhar e aperfeiçoar a arte de se relacionar, desenvolvendo o relacionamento interpessoal entre várias especialidades médicas e até mesmo entre outras áreas da saúde. Interesse quase exclusivo dos acadêmicos por LAM's de especialidades. Muitos acadêmicos não participam de LAM's na UNISA devido à sobrecarga do internato ou à problemas estruturais da organização das ligas que dificultam o acesso. Patente a percepção de que as LAM's possibilitam o crescimento no âmbito pessoal, trabalhando as relações interpessoais e interprofissionais.