O objetivo foi avaliar a toxicidade das tinturas de malva 10% (Malva sylvestris) e calêndula 10% (Calendula officinalis), através do bioensaio com Artemia salina. Os náuplios foram obtidos e transferidos para tubos de ensaio, os quais continham tinturas de malva e calêndula em diferentes concentrações (25, 50, 75, 150, 250, 500, 750 e 1000 μg/ml), e substâncias controle (água salina e clorexidina 0,12%). O teste foi realizado em triplicata e os náuplios vivos foram contados após 24 h. A concentração letal média (CL50) foi obtida e submetida a análise Probit através do software StatPlus®. As curvas de sobrevivência e testes de LogRank foram realizados para as tinturas comparando com os controles, através do software GraphPad® Prism. A CL50 (μg/ml ± erro-padrão) para a malva foi de 276,08 ± 41,12, e para a calêndula 268,95 ± 44,09, sendo ambas as tinturas consideradas ativas. Verificou-se diferença estatística na curva de sobrevivência tanto para a malva quanto para a calêndula quando comparadas com solução salina (p<0,0001), indicando maior toxicidade das tinturas. Também houve diferença estatística quando as tinturas foram comparadas a clorexidina (p<0,0001), indicando maior toxicidade da clorexidina. Não houve diferença na taxa de sobrevivência dos náuplios, quando analisadas as tinturas de malva e calêndula (p = 0,8089). Pôde-se concluir que as tinturas de malva 10% e calêndula 10% apresentaram toxicidade moderada frente a Artemia salina.