O semiárido do Nordeste do Brasil possui intensa variabilidade pluviométrica com ocorrência de eventos extremos de precipitação. O impacto socioambiental da seca, nem sempre está relacionado à falta de chuvas em um determinado ano, mas está relacionado também a distribuição e frequência das chuvas. Dessa forma, foi analisado a variabilidade espaço temporal da precipitação da bacia hidrográfica do rio Moxotó empregando o Índice de Anomalia de Chuva (IAC) desenvolvido por Rooy (1965) com o objetivo de verificar ocorrências de mudanças nos padrões climáticos de precipitação e realizar o mapeamento do IAC para a média histórica analisada. Assim, utilizou-se valores médios mensais da precipitação pluviométrica da série histórica de 1989 a 2018, medidos de 16 estações pluviométricas, obtidos da Agência Pernambucana de Águas e Clima. Os resultados revelam uma estabilidade na precipitação da região, sem tendências significativas de aumento ou diminuição. Há correlação dos eventos extremos de secas e precipitação com os fenômenos de El Niño, La Niña e Dipolo do Atlântico. Analisando a série histórica por meio do IAC a bacia hidrográfica do rio Moxotó foi classificada como habitual. Os anos de 1989, 2004, e 2009 foram classificados como anos extremamente úmidos. Já 1993, 1998 e 2012 foram anos extremamente secos. Enquanto 2002, 2007 e 2017 foram anos habituais. A quadra chuvosa também é caracterizada como habitual.