Análise espacial dos homicídios intencionais de mulheres

Abstract

RESUMO Objetivo Analisar as características e a distribuição espacial dos homicídios intencionais de mulheres, de acordo com as regionais de saúde, em um estado da Região Nordeste do Brasil. Método Estudo ecológico que teve o município e as regiões de saúde como unidades de análise e usou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Calcularam-se as taxas de mortalidade, que foram suavizadas pelo método bayesiano empírico local. Para identificação da existência de autocorrelação espacial, utilizou-se o índice de Moran. Resultados Registraram-se 1.144 homicídios, com taxa média de 6,2/100.000 mulheres. Para todas as regiões de saúde prevaleceram a faixa etária de 10 a 39 anos, a raça/cor negra e a situação conjugal solteira. Os homicídios ocorreram em via pública. Os dias da semana com maiores registros foram sábado e domingo e os meses do ano dezembro, janeiro, fevereiro e junho. O índice de Moran global foi de 0,6 (p = 0,01). Identificaram-se clusters de municípios com altas taxas de homicídios nas III e IV regiões de saúde. Conclusões As vítimas de homicídios eram jovens, negras e solteiras. A análise espacial localizou áreas críticas de ocorrência de homicídios, que são prioritárias para as ações de prevenção da violência contra as mulheres.

Repercussões da violência doméstica na vida das mulheres

“…A segunda categoria apresenta os estudos que abordam sobre o perfil das mulheres vítimas de violência e suas características. Página 8 de 10 Assim, de acordo com um estudo realizado por Barros SC, et al (2021), no Brasil, as mulheres expostas à violência têm um risco de mortalidade oito vezes maior quando comparadas a população geral de mulheres. O autor ressalta que os índices elevados de feminicídios no país e no mundo, expõe a magnitude dessa problemática vivenciada por mulheres diariamente.…”

“…Nesse contexto, um estudo realizado por Paixão GPN, et al ( 2019), que entrevistou mulheres de 19 a 58 anos, a maioria preta (48%) ou parda (48%), ressalta em seus achados que a grande maioria das mulheres violentadas eram mulheres negras, ressaltando que o risco vivenciado por esse grupo tem aumentado de maneira progressiva, sendo que em 2002 a vitimização de negros correspondia a 65,4%, passando para 132,3% em 2010, corroborando com os resultados de Barros SC, et al (2021).…”

Recognition of violence against women by health professionals: a systematic review

“…The high homicide rates of women in the country and in the world demonstrate the magnitude of gender violence in its most extreme form. The characteristics of victims and deaths are information that can be used to formulate public policies to prevent violence and reduce deaths (Barros et al, 2021).…”