“…Essa preocupação se agrava se a busca na internet se dirigir a influenciadores digitais no campo da alimentação33 .É fato que o uso da internet pode potencializar a necessária mudança de paradigma pedagógico, antes centrado na transmissão de saberes, na busca por um processo de ensino-aprendizado que gere situações problematizadoras, interativas e dialógicas entre educandos e educadores, sem deixar de ressaltar que tal uso deva ocorrer com muito critério34 .Em relação aos livros, cabe destacar que os próprios livros didáticos trazem elementos de alimentação e nutrição, forçados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação. De forma geral, alguns estudos que objetivaram analisar livros didáticos do ensino fundamental encontraram diversas limitações sobre a abordagem do tema, focando, na maioria das vezes, nas questões meramente biológicas do alimento e da alimentação, tendo como exceções algumas inserções positivas sobre segurança alimentar e nutricional, produção de alimentos e promoção da saúde35,36,37 .O envolvimento da família nas práticas de EAN é fundamental para que as abordagens não fiquem apenas no nível escolar. Tal envolvimento inclui, por exemplo, realizar as refeições em família, o que é orientado pelo Guia Alimentar para a População Brasileira 17 e comprovadamente benéfico na formação de bons hábitos alimentares em crianças e adolescentes38.…”