Análise Da Variabilidade Da Precipitação Para O Estado De Minas Gerais (1981-2017)

Abstract

A variabilidade da precipitação é de fundamental importância para estudos climatológicos e relacionados ao ciclo hidrológico, e sua concentração afeta consideravelmente as atividades econômicas. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo principal analisar a distribuição espacial da precipitação, o início e término da estação chuvosa e sua tendência para o estado de Minas Gerais a partir dos dados de precipitação mensal do produto Climate Hazards Group InfraRed Precipitation with Stations (CHIRPS) para 1981 a 2017. O estado foi agrupado em regiões homogêneas a partir da técnica de estatística multivariada Análise de Componentes Principais (ACP), que remove a redundância de informações. Os dados da tendência espacial de precipitação foram calculados no aplicativo Grads a partir da função ltrend pelo método dos mínimos quadrados. Por fim, o início e o término da estação chuvosa foi estimado a partir da técnica descrita em Liebmann et al., (2012). Os resultados indicam que o estado de Minas Gerais foi dividido em sete regiões e, de uma forma geral, apresenta uma estação úmida (outubro a março) e uma estação seca (abril a setembro), na qual o mês de janeiro se apresenta como o mais chuvoso e o mês de julho o mês mais seco, sendo que cada uma das sete regiões climáticas do estado exibem características distintas. A análise da variabilidade da duração da estação chuvosa demonstrou que, em geral, a duração média da estação chuvosa é menor nas porções norte de Minas Gerais, aumentando em até 25 dias no extremo sul do estado, sendo que a média da duração da estação chuvosa estimada é de aproximadamente 183 dias. Ainda, a análise da tendência da duração chuvosa indica que a região norte apresenta a tendência de diminuição da estação chuvosa, a região central do estado não apresentou uma tendência na redução ou ampliação da estação chuvosa e a região sul e extremo oeste de Minas Gerais apresenta uma tendência de aumento de dias relacionados à estação chuvosa, denotando a presença de um ciclo hidrológico característico que varia de acordo com a posição.

Análise espaço-temporal da precipitação na região central do estado de São Paulo utilizando dados CHIRPS

“…Além disso, de acordo com a classificação de Köppen, a área é classificada como Cwb (Figura 02)-(a), ou seja, clima subtropical de terras altas com invernos secos (Alvares et al, 2013). Isso representa uma característica importante da distribuição das chuvas, principalmente relacionada ao padrão de circulação atmosférica regional, o que acaba por levar a episódios excepcionais na região (Moruzzi e Oliveira, 2009;Zilli et al, 2017;Sanches et al, 2018;Santos et al, 2017;2018e 2020. Também representa um aspecto importante e pontual de variação sazonal da distribuição das chuvas frente ao padrão da circulação atmosférica regional que compõe a área estudada, diante da eventualidade de episódios excepcionais se manifestarem na região (Sanches et al, 2018;2020;Santos et al, 2017;2018;2020;).…”

“…Para suprir essas limitações, com o avanço das tecnologias, diversos satélites meteorológicos vêm sendo desenvolvidos e aplicados para realização de estudos em séries temporais longas por meio dos seus dados, como as missões Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM) com dados de 1998 a 2019 e resolução espacial de 0.5º; Climate Hazards Group InfraRed Precipitation with Station data (CHIRPS), com dados de 1981 até o momento da redação deste artigo, em 2021, com resolução espacial de 0,05º; e a Global Precipitation Measurement Mission (GPM), com dados de 2000 até o momento e com 0.1º de resolução espacial (Pereira;Silva;Cardoso, 2013;Salio et al, 2015;Aires et al, 2016;Dembélé;Zwart, 2016;Castelhano et al, 2017, Nogueira;Volpato, 2018, Pereira et al, 2018Silva et al, 2019;Cavalcante et al, 2020). O avanço e otimização desse recurso tecnológico permitiu significativa alavancagem nos estudos de comportamento climático extremos de secas e inundações.…”

Density and habitat use of one of the last jaguar populations of the Brazilian Atlantic Forest: Is there still hope?

“…The vegetation is classified as submontane seasonal semideciduous forest (IBGE, 2002 ; Lino & Dias, 2004 ). The climate is humid subtropical, with two marked seasons: a rainy summer from October to March followed by a dry winter from April to September (Pereira et al, 2018 ). Human‐altered habitats around the Park are composed mainly of Eucalyptus plantations, pasture, and urban areas.…”

Factors influencing the habitat use by ocelots in one of the last large Atlantic Forest remnants in southeastern Brazil

“…The RDSP represents an important area for maintenance of biodiversity in the Atlantic Forest (Silva Júnior et al, 2010), and the vegetation is classified as submontane seasonal semideciduous forest (Lino & Dias, 2014). The climate is classified as humid subtropical (IBGE, 2002), with dry (April-September) and rainy periods (October-March) (Pereira et al, 2018). Human-altered environments around the Park are composed mainly of Eucalyptus plantations, pasture, and urban areas (PELD/CNPq, 2007).…”