Alternativas cirúrgicas de fechamento de fístula buco sinusal: revisão da literatura

Abstract

A comunicação buco-sinusal (CBS) consiste no espaço não fisiológico formado entre o seixo maxilar e a cavidade bucal, que, se não tratada, evoluirá para a fístula oroantral ou, ainda, doença sinusal crônica. Este artigo possui como objetivo realizar uma revisão da literatura acerca das alternativas cirúrgicas de fechamento de fístula buco-sinusal. Para a construção deste trabalho foi feito um levantamento bibliográfico nas bases de dados SciVerse Scopus, Scientific Eletronic Library Online (Scielo), U.S. National Library of Medicine (PUBMED) e ScienceDirect, utilizando o gerenciador de referências Mendeley. O cirurgião bucomaxilofacial praticante que trata pacientes com comunicações buco-sinusal deve estar familiarizado e competente com as várias opções de tratamento disponíveis. Múltiplas técnicas estão disponíveis, desde retalhos puramente de tecido mole, que provaram ser bem-sucedidos ao longo do tempo, até uma combinação de enxertos de tecido duro (autólogo, aloplástico ou aloenxerto), que podem ser úteis com o aumento da demanda por restaurações com implantes. Embora diferentes procedimentos tenham se mostrado bem-sucedidos, todos têm como premissa o tratamento de qualquer sinusite subjacente, que está associada a um risco maior de OAC recorrente.

Reporte De Cierre De Fístula Buco-Sinusal Con Cuerpo Adiposo Y Colgajo Vestibular

“…Quando a CBS não consegue fechar espontaneamente ou se não tratada, o tecido poderá se epitelizar e evoluir para a fístula oroantral (FOA) ou fístula buco-sinusal (FBS) e doença sinusal crônica. 1,2,3,4,5,6,7,8,9 Além da técnica cirúrgica traumática, a CBS pode ser ocasionada por excesso de curetagem alveolar após a extração, após condições infecciosas como leishmaniose, goma sifilítica e noma, osteomielite, sequelas de radioterapia como osteorradionecrose, traumas faciais como do tipo Le Fort I, fratura da tuberosidade, deslocamento de implante, deiscência após falha do implante, complicações no procedimento de Caldwell-Luc ou remoção de cistos e tumores maxilares. Alguns fatores de risco também podem estar interligados na causa dessa complicação, como: a idade do paciente, anatomia e posição da raiz em relação ao seio, falta de espessura do assoalho sinusal, aposição direta do revestimento maxilar acima dos dentes posteriores, por reabsorção óssea, quando acometido por doença periodontal e quando há uma extensa pneumatização do seio maxilar.…”

“…Alguns fatores de risco também podem estar interligados na causa dessa complicação, como: a idade do paciente, anatomia e posição da raiz em relação ao seio, falta de espessura do assoalho sinusal, aposição direta do revestimento maxilar acima dos dentes posteriores, por reabsorção óssea, quando acometido por doença periodontal e quando há uma extensa pneumatização do seio maxilar. 1,2,4,5,6,8,9,10 Uma comunicação buco-sinusal tem como sintomas a dor localizada, o escape de ar, alimentos e fluidos da cavidade nasal para a cavidade oral, resultando em voz anasalada, mau-cheiro, secreção purulenta e rinorréia purulenta pelo lado afetado. Além disso, outros sinais e sintomas podem ser observados, como dor facial, dores de cabeça, febre, fadiga, dor dentária, tosse, coriza, dor de ouvido, gosto salgado na cavidade bucal e pressão na orelha.…”

“…A sinusite é oriunda da contaminação do seio pela microbiota bucal, já a fístula ocorre por meio da migração do epitélio bucal na comunicação. 1,2,4,5,6,8,9,10 O diagnóstico das comunicações buco-sinusais envolve procedimentos clínicos e radiográficos. Para o diagnóstico clínico recomenda-se o uso da inspeção visual como na observação de presença de tecido de granulação no alvéolo do elemento extraído ou ao identificar a passagem de coleção purulenta pela abertura da fistulação, palpação alveolar e a manobra de Valsalva, sendo esta extremamente relevante no diagnóstico de comunicação buco-sinusal.…”