1993
DOI: 10.1590/s0103-40141993000200005
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Alcântara Machado: testemunha da imigração

Abstract: ara escrever esta apresentação só disponho, a rigor, de um título: o de haver nascido e crescido no Brás, no seio de velha família italiana desse bairro, dez anos apenas após o aparecimento de Brás, Bexiga e Barra Funda. Vinte anos antes e eu teria vivido no mundo dos personagens do livro, o mundo da juventude de meus pais, o da primeira geração de filhos de imigrantes italianos nascidos no Brasil.

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“…Brás, Bexiga e Barra Funda, sem dúvida alguma sua obra mais lembrada e comentada pelos estudiosos da literatura modernista e de São Paulo, é a principal responsável por seu reconhecimento -tão merecido quanto limitador -como o "melhor prosador modernista" (Lima, 2001(Lima, [1951, p.71) e como "testemunha da imigração" (Ricupero, 1993). A presença ítalobrasileira na cidade de São Paulo é, de fato, o grande tema deste livro.…”
Section: Página|19unclassified
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“…Brás, Bexiga e Barra Funda, sem dúvida alguma sua obra mais lembrada e comentada pelos estudiosos da literatura modernista e de São Paulo, é a principal responsável por seu reconhecimento -tão merecido quanto limitador -como o "melhor prosador modernista" (Lima, 2001(Lima, [1951, p.71) e como "testemunha da imigração" (Ricupero, 1993). A presença ítalobrasileira na cidade de São Paulo é, de fato, o grande tema deste livro.…”
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“…À parte algumas nuances, é possível localizar duas tendências interpretativas mais evidentes em relação ao tema: uma que toma Brás, Bexiga e Barra Funda como o relato valioso e afetivo em relação à presença imigrante e aos tipos sociais que se concentravam no centro e nos arrabaldes em um período de transformação da cidade; 46 e outra que defende ser a voz de Alcântara Machado indissociável de seu pertencimento a setores das elites mais tradicionais, o que leva autores a interpretarem os contos como uma caricatura sôfrega e classista de tipos marginais, deixando de lado ou apresentando de forma atenuada aspectos como pobreza, segregação, luta política e desenraizamento social. 47 Ainda que partam de posições disciplinares distintas, Mario , Antonio Arnoni Prado (2004), Rubens Ricupero (1993) e Marcos Antonio de Moraes (2017), assim como 45 Ver, por exemplo, as análises de F. Marques (2006), interessado na "assimilação" do imigrante após sua fixação na cidade; de Nascimento e Cadiolli (2014), que anotam o olhar de Alcântara Machado para os pobres diante das transformações urbanas; de I. Silva (2010), também interessada em aspectos da prosa, lida em seu caráter documental, com foco no registro da vida do operariado paulista; e M. Silva (2004), que observa o papel do jornalismo e a dimensão técnica da obra do escritor.…”
Section: Há Um Debate Frequentemente Retomado a Respeito Dos Imigrantunclassified