Adesão Ao Tratamento No Transplante De Fígado: Revisão Integrativa

Abstract

Objetivo: avaliar as intervenções da equipe multiprofissional que proporcionam a melhora da adesão ao tratamento após o transplante de fígado.Método: revisão integrativa da literatura. Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre 2012 e 2017, nos idiomas português, inglês e espanhol, realizados na população adulta submetida ao transplante hepático.Resultado: a busca inicial resultou em 84 publicações sendo selecionados 10 estudos. Os dados foram tabulados de acordo com a relevância do conteúdo, objetivos, tipo de intervenção, número de pacientes e nível de evidência. Foram encontradas quatro categorias analíticas: intervenções educativas; adoção de um plano terapêutico individual; alteração do regime imunossupressor; suporte emocional, psicológico e fortalecimento da rede de apoio.Conclusão: a equipe multiprofissional deve prover informações sobre o processo de transplantação, realizar o manejo adequado da imunossupressão, avaliar regularmente o paciente quanto aos sinais de depressão, ansiedade, crenças e valores, e instituir um plano de cuidados individualizado.

The experience of patients undergoing liver transplantation in the transition of care

“…Outros estudos corroboram esses achados, quando apontam que o paciente submetido ao transplante hepático vivencia, no ambiente domiciliar, a necessidade de readaptação a uma nova rotina de vida diária. Rotina esta que, devido à complexidade do procedimento, envolve a realização de inúmeros cuidados domiciliares e acompanhamentos frequentes com as equipes de saúde, demandando grande esforço e dedicação por parte dos pacientes e familiares envolvidos (2,7,(12)(13) .…”

“…Estudos apontam que pacientes submetidos ao transplante hepático precisam ser auxiliados pela equipe multiprofissional a alcançar a completa recuperação funcional, visando a reintegração psicossocial. A equipe precisa compreender que o processo deve ser gradativo e que os pacientes, em muitos casos, sentem-se cansados, desanimados e desmotivados com a continuidade do tratamento em domicílio (2,7) .…”

“…Ainda, reitera-se a necessidade de a equipe fortalecer a organização das informações, em especial, por meio da promoção da saúde, sendo esta uma estratégia efetiva nesse processo, uma vez que promove o autocuidado, a segurança na rotina e cria uma maior liberdade de acordo com a realidade do paciente (2,7,12,(15)(16) . Na perspectiva do autocuidado, Orem pontua que a prática de atividades favorece o aperfeiçoamento, e promove o amadurecimento das pessoas que a iniciam e desenvolvem dentro de espaços de tempo específicos, cujos objetivos são a preservação da vida e o bem-estar pessoal (8) .…”

“…Ressalta-se que uma aprendizagem efetiva requer que as informações sejam dadas de forma gradativa, oportunizando a codificação e a retenção das informações mencionadas pela equipe, reforçando a importância da educação em saúde. Quando apoiado pela educação em saúde, o paciente torna-se seguro, habilitado e respaldado para aderir ao tratamento e minimizar riscos de eventos adversos, intercorrências e complicações (2,7,12,15) . Muitos transplantados não encontram o apoio necessário na equipe assistencial, o que pode gerar falta de comprometimento com o tratamento, dificuldades com a recuperação e maior susceptibilidade às complicações (2,7) .…”

“…Nos últimos anos, estudos têm sido desenvolvidos com pacientes submetidos ao transplante hepático. Muitos deles para avaliar a adesão ao tratamento e a qualidade de vida desses pacientes (1)(2) . Estes resultados têm pontuado uma baixa adesão ao tratamento e, consequentemente, uma pior qualidade de vida devido ao risco de doenças oportunistas, reinternações frequentes, além de outras comorbidades e complicações (1)(2) .…”