2015
DOI: 10.1590/0103-20702015214
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Acesso a posições de poder pela elite estancieira gaúcha: trajetórias sociais e investimentos escolares

Abstract: IntroduçãoAs ciências sociais brasileiras costumam situar no início da segunda metade do século xx uma relativa decadência econômica das elites agrárias, como no caso dos senhores de engenho (Garcia Jr., 1989), ou política, como no caso dos barões do café (Stolcke, 1986). Os senhores de terra viram diminuídas suas influências sob a vida política nacional e clientelas de subordinados em seus domínios fundiários. A relativa decadência econômica e política passa a caracterizar a imagem dos grandes proprietários d… Show more

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“…Outro padrão observado foi o de oficiais casando-se com irmãs de seus pares profissionais". Sobre as alianças entre linhagens de estancieiros no Rio Grande do Sul, consultar Piccin (2012Piccin ( , 2015.…”
Section: Uma Vocação Hereditária? As "Famílias Das Armas" No Extremo Sulunclassified
“…Outro padrão observado foi o de oficiais casando-se com irmãs de seus pares profissionais". Sobre as alianças entre linhagens de estancieiros no Rio Grande do Sul, consultar Piccin (2012Piccin ( , 2015.…”
Section: Uma Vocação Hereditária? As "Famílias Das Armas" No Extremo Sulunclassified
“…Descendentes de grandes proprietários rurais em decadência aplicaram capitais acumulados no campo do poder político e alguns, mutatis mutandis, reconverteram seus investimentos às atividades intelectuais (MICELI, 1979;GARCIA, 1993). Para outros grupos de elites rurais, aos empenhos escolares e matrimoniais foram acrescentados um conjunto de inversões que funcionaram, justamente, não apenas para evitar o seu declínio como para fomentar sua ascensão política e econômica (PICCIN, 2020;CORADINI, 2014). E, ainda, é preciso ponderar que um dos elementos tensionadores das persistências, re-acomodações ou perecimento de certas posições de "elites tradicionais" foi a entrada em cena de diversas categorias de imigrantes, que conseguiram concentrar recursos econômicos e sociais (reputação e relações sociais) e vislumbraram oportunidades de 2.…”
Section: Introductionunclassified
“…A bibliografia especializada na análise dos grandes proprietários de terra privilegia a representação patronal e suas entidades em contextos nacional (Bruno, 1997(Bruno, , 2009Mendonça, 2009) ou regionais (Heinz, 1991;Gasparotto, 2016;Costa, 2019), sua ação política em momentos de tensões sociais e grandes disputas (Da Ros, 2012), a atuação destes grupos no parlamento, de modo especial pela chamada bancada ruralista (Vigna, 2007;Cruz, 2015;Carneiro, 2020; dentre outros), sua relação com a agricultura familiar (Bruno, 2016;Sauer, 2008), com o tema ambiental e com comunidades e povos tradicionais (Bruno, 2017;Rauber, 2021), a construção de trajetórias de grupos específicos e o acúmulo de capitais cultural, simbólico e social (Grijó, 1998;Piccin, 2015) e a formação política do agronegócio ao longo do tempo (Pompeia, 2021). Mas poucos são os trabalhos que se dedicam a analisar a construção das identidades e representações sociais do patronato rural, tendo em vista as mobilizações agenciadas por eles, com destaque para Carneiro (2008) e Da Ros (2009.…”
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