Embora alguns avanços tenham se apresentado nos últimos anos, estudos mostram que os serviços de saúde tendem a se organizar para uma clientela heterossexual, limitando suas possibilidades de atuação efetiva junto a pacientes transgênero. Este estudo teve como objetivo descrever as evidências científicas sobre o preconceito e a discriminação sofridos por pessoas transgênero em serviços de saúde. Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura. As bases de dados pesquisadas foram BVS, LILACS, SCIELO, MEDLINE e BDENF. Definiu-se o período dos artigos publicados de 2011 a 2020. Para extração dos dados foi utilizado o formulário de Ursi & Galvão e para análise dos dados, o sistema de classificação de evidências, adotando-se a hierarquia das evidências, em relação ao delineamento de pesquisa. A amostra do estudo foi constituída por sete artigos originais. Os resultados foram expostos e discutidos em duas categorias temáticas: Acesso à rede de saúde e os tipos de preconceitos e discriminações sofridos por pessoas transgêneros e A assistência de enfermagem perante as políticas voltadas ao público LGBTQIA+. O atendimento discriminatório e as condutas constrangedoras estão entre as principais causas desta população se afastarem dos serviços de saúde, se automedicarem e não adotarem cuidados preventivos. Concluiu-se que o maior papel da enfermagem para as pessoas LGBTQI+ é a garantia de uma assistência digna e humanizada desde o setor básico de saúde até o de alta complexidade, tornando-se fundamental para promoção de saúde integral, qualificada, humanizada, favorecendo a cidadania.