“…Esse conselho, constituído predominantemente por dirigentes de IES privadas e sob a alegação de escassez de recursos públicos, pôs fim ao processo de federalização de IES privadas e articulou o afrouxamento das normas da educação superior que envolviam, entre outros aspectos, a criação de novos cursos, o aumento de vagas e a concessão de status de universidade para as IES privadas. Com isso, a política governamental, que antes era favorável à ampliação do setor público, a partir de meados da década de 1960 voltou-se para o incentivo de expansão da educação superior privada (Cunha, 1989(Cunha, , 1999(Cunha, , 2000.A década de 1990 foi marcante para a educação superior brasileira em razão da implantação de um novo marco regulatório com a promulgação da LDBEN de 1996 e das normas jurídicas que a regulamentaram. Além da LDBEN, observou-se nessa época que o governo brasileiro, seguindo orientações do Banco Mundial e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), implementou políticas públicas de flexibilização do processo de credenciamento e de abertura de novos cursos em IES privadas, o que culminou na ampliação do setor privado e no encolhimento do setor público (Catani & Oliveira, 2002 4 ; e (4) a chegada das IES no mercado de capitais por meio da abertura de capital de entidades mantenedoras de IES; marcando o início da "Nova Era" da educação superior brasileira (Barreyro & Rothen, 2008Mancebo, Vale, & Martins, 2015;Queiroz et al, 2013;Silva Junior et al, 2016).…”