“…O contexto de infantilização é visto principalmente em relação às mulheres, posto que características socialmente ligadas à feminilidade como o ser meiga, frágil, dócil e dependente se potencializam quando deficiência e gênero se interseccionam, sobretudo quando se refere a aspectos da sexualidade, tendo a mídia como reforçador do estigma (Gesser et al, 2013;Luiz & Nuernberg, 2018). Além disso, a visão de que a mulher com deficiência ocupa uma posição de menor qualificação e de reduzida participação social e política, visão esta já historicamente ligada às relações de gênero desiguais com ou sem deficiência, dificulta ainda mais a aquisição de recursos que contribuam para a autonomia, e desenvolvimento do planejamento de vida como trabalho, cultura, lazer, sexualidade a vivência da maternidade (Nicolau, Schraiber, & Ayres, 2013).…”