“…Diante deste pressuposto, propomos neste artigo uma análise textual das sequências argumentativas da obra que defendem a instrução da mulher, privilegiando a metodologia de revisão sistemática da literatura (RUDNICKA;OWEN, 2012;ERCOLE et. al., 2014) e tendo como base teórica de referência quer os estudos da historiografia da educação que salientaram o aspeto pedagógico inovador de Verney (ANDRADE, 1965(ANDRADE, , 1980FERREIRA, 1979;NUNES, 1989;MARTINS, 1997;ARAÚJO, 2003;BORRALHO, 2005;GONÇALVES, 2010;PEREIRA, 2016;SHIGUNOV;FORTUNATO, 2017;NETO et al 2019), quer os contributos capitais da linguística textual (WERLICH, 1975;DE BEAUGRANDE;DRESSLER, 1981;PETITJEAN, 1989;ADAM, 1992;BRONCKART, 1999;MAINGUENEAU, 1998;MARCUSCHI, 2003;COUTINHO, 2005;SILVA, 2012, PALERMO, 2013, da teoria filosófica austiniana e searleana (AUSTIN, 1962;SEARLE, 1969) e da sociologia da comunicação (GOFFMAN, 1955;1967). A análise proposta, baseada nestes princípios teóricos, permitirá evidenciar as macroestruturas textuais em que o padre barbadinho propugna a necessidade de incluir a mulher no sistema escolar, sendo ela a "mestra" que cuida da prole durante os "primeiros anos de vida" (VERNEY, 1746, p. 291, v. 2), ensinando as boas maneiras e transmitindo as bases dos conhecimentos principais.…”