This article analyzes, from a postcolonial perspective, ideas observed in the work of the Brazilian sociologist Alberto Guerreiro Ramos. To do this, first, we examine the basis of postcolonial theory, especially the general context where it emerged. Then, we examine the historical context of Brazil in the 1950s and 1960s, by discussing works by the author that portrayed the transformations in the country within this period. We devote special attention to his sociological reduction theory, as it shows his concern to discuss both epistemic colonialism and his idea of development. Finally, we compare how the postcolonial approach and Guerreiro Ramos' ideas relate to one of the most widespread theories having the precept of development as its main source of legitimacy: the International Business and Management Studies (IBMS). This analysis demonstrates that epistemic colonialism was among the key issues of Guerreiro Ramos' thought. However, we conclude that, despite the author's merits in having raised an earlier discussion that is congruent with postcolonial concerns, his thought was deeply rooted in a mystified idea of international development, similar to that of IBMS, very criticized by postcolonialism. This article seeks to contribute to the Brazilian critical organization studies, by showing the potential of postcolonial thought to challenge and defamiliarize ethnocentric and universalistic assumptions that have grounded theories and decision making processes in most of the world's societies since World War II.Este artigo analisa, sob uma perspectiva pós-colonial, ideias observadas na obra do sociólogo brasileiro Alberto Guerreiro Ramos. Para tanto, primeiro, examinamos a base da teoria pós-colonial, especialmente o contexto geral onde surgiu. Em seguida, examinamos o contexto histórico do Brasil nas décadas de 1950 e 1960, discutindo trabalhos do autor que retrataram as transformações no país nesse período. Dedicamos especial atenção à sua teoria da redução sociológica, pois esta mostra sua preocupação em discutir tanto o colonialismo epistêmico como sua noção de desenvolvimento. Finalmente, comparamos como a abordagem pós-colonial e as ideias de Guerreiro Ramos relacionam-se a uma das teorias mais disseminadas que têm o preceito de desenvolvimento como principal fonte de legitimidade: os Estudos Internacionais de Negócios e Gestão (EING). Esta análise demonstra que o colonialismo epistêmico foi uma das questões-chave do pensamento de Guerreiro Ramos. No entanto, conclui-se que, apesar dos méritos do autor em ter levantado uma discussão anterior e congruente com as preocupações pós-coloniais, seu pensamento estava profundamente enraizado em uma ideia mistificada de desenvolvimento internacional, semelhante à do EING, muito criticada pelo pós-colonialismo. Este artigo busca contribuir com os estudos organizacionais críticos brasileiros, demonstrando o potencial do pensamento pós-colonial para desafiar e desfamiliarizar pressupostos etnocêntricos e universalistas que têm embasado teorias e processos de tomada de...