Este estudo teve por objetivo identificar as condições, expectativas e capacidades de professores de cursos presenciais para a realização de atividades de ensino (letivas) remotas mediadas por tecnologias digitais, em virtude do distanciamento social associado à pandemia da COVID-19. Desenvolveu-se uma pesquisa exploratória, de abordagem quantitativa, com uma amostra não-probabilística de conveniência de 588 professores brasileiros de instituições públicas e privadas de ensino presencial de diversas áreas do conhecimento. Os participantes foram convidados pelas redes sociais a responder voluntariamente a um questionário on-line, entre os dias 19 e 30 de junho de 2020. Foram realizadas análises estatísticas descritivas de parametrização simples (p.ex., frequência, média, desvio-padrão), bem como análises inferenciais, por exemplo, a análise fatorial exploratória e a regressão linear múltipla. Os resultados destacam que a maioria dos professores investigados apresentou predisposição e interesse em realizar atividades remotas, além de condições técnicas de acesso e uso de internet e de equipamentos digitais e computacionais. Apesar disso, a instituições escolares precisam se atentar os intervenientes associados ao ambiente domiciliar, como as demandas domésticas e familiares e as necessidades individuais dos professores que podem se tornar barreiras para o efetivo desenvolvimento da Educação Remota Emergencial.