2013
DOI: 10.1590/s1984-64872013000200003
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Abstract: O artigo analisa a atual mobilização das mulheres negras no Uruguai em torno de demandas ao poder público. Relacionam-se as construções dessas mulheres como sujeito político com outros processos da diáspora africana nas Américas. O corpus etnográfico está conformado por entrevistas e observações de campo sobre movimentos negros e as disputas pela implementação de políticas de ação afirmativa no Cone Sul. A análise é guiada pela crítica decolonial e pela perspectiva da interseccionalidade, para pensar como se e… Show more

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“…Portanto, é preciso ressaltar que o gênero é constituído e representado de maneira diferente segundo a localização da mulher dentro de relações globais de poder -que se realiza por meio de processos econômicos, políticos e ideológicos -, e essas "diferenças" se articulam constantemente, mas não podem ser compreendidas como uma relação direta de uma a partir da outra, pois o significado atribuído a determinado evento é variável de um indivíduo para outro, ou seja, é singular (Brah, 2006). Nesse sentido, é importante perceber o gênero como categoria analítica relevante e a interseccionalidade como a perspectiva teórica que dialoga com as experiências subjetivas das mulheres em situação de violência no contexto da pandemia de covid-19 (López, 2013).…”
Section: Violência Contra As Mulheres: Interseccionalidades E Diferençasunclassified
“…Portanto, é preciso ressaltar que o gênero é constituído e representado de maneira diferente segundo a localização da mulher dentro de relações globais de poder -que se realiza por meio de processos econômicos, políticos e ideológicos -, e essas "diferenças" se articulam constantemente, mas não podem ser compreendidas como uma relação direta de uma a partir da outra, pois o significado atribuído a determinado evento é variável de um indivíduo para outro, ou seja, é singular (Brah, 2006). Nesse sentido, é importante perceber o gênero como categoria analítica relevante e a interseccionalidade como a perspectiva teórica que dialoga com as experiências subjetivas das mulheres em situação de violência no contexto da pandemia de covid-19 (López, 2013).…”
Section: Violência Contra As Mulheres: Interseccionalidades E Diferençasunclassified
“…Entre as feministas que pensam sobre essas relações, poderíamos aqui mencionar Lélia Gonzales (1988), Lugones (2008) e Lopez (2013), que escrevem justamente sobre a representação da mulher negra a partir de sua sexualidade, em um projeto que articula imperialismo/colonialismo, poder, epistemologia e invenção de gênero e de raça como estratégias modernas de controle. Nesse registro, as autoras sustentam que as mulheres negras foram exploradas e violadas porque comparadas a animais, hipersexualizadas e perigosas; algo que se viu em discursos de controle, mas que persiste em pleno século 21, como se denota do seguinte trecho de uma etnografia realizada no Rio de Janeiro em uma maternidade pública, (...) aqui atendemos populações carentes.…”
Section: A Guisa De Conclusãounclassified
“…Entre as feministas que pensam sobre essas relações, poderíamos aqui mencionar Lélia Gonzales (1988), Lugones (2008) e Lopez (2013), que escrevem justamente sobre a representação da mulher negra a partir de sua sexualidade, em um projeto que articula imperialismo/colonialismo, poder, epistemologia e invenção de gênero e de raça como estratégias modernas de controle. Nesse registro, as autoras sustentam que as mulheres negras foram exploradas e violadas porque comparadas a animais, hipersexualizadas e perigosas; algo que se viu em discursos de controle, mas que persiste em pleno século 21, como se denota do seguinte trecho de uma etnografia realizada no Rio de Janeiro em uma maternidade pública, (...) aqui atendemos populações carentes.…”
Section: A Guisa De Conclusãounclassified