2019
DOI: 10.1590/18094449201900550011
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A maternidade como resistência à violência de Estado

Abstract: ResumoEste trabalho analisa o movimento de mães que perderam seus filhos, assassinados por policiais militares nas favelas do Rio de Janeiro, como um dos efeitos perversos da política de pacificação das favelas. A luta das mães pela responsabilização e pelo reconhecimento do Estado brasileiro pelas mortes de seus filhos as inscreve em um movimento que mobiliza a maternidade como símbolo central para o engajamento político. É sobre os limites e ambivalências da maternidade que as mães mobilizam as condições par… Show more

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“…Assim, o corpo negro é inscrito por discursos e representações que o direciona para a morte por serem considerados desimportantes e perigosos (Mbembe, 2018;Santiago, 2019).…”
Section: Resultados E Discussõesunclassified
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“…Assim, o corpo negro é inscrito por discursos e representações que o direciona para a morte por serem considerados desimportantes e perigosos (Mbembe, 2018;Santiago, 2019).…”
Section: Resultados E Discussõesunclassified
“…A Bahia ocupa atualmente o quinto estado com mais homicídios no país. O panorama atual mostra que a população negra representa 75,7% das mortes violentas no Brasil, enquanto as taxas por essas mesmas mortes em não negros vem diminuindo exponencialmente (IPEA, 2020) O resultado de tantos homicídios, são atravessados, principalmente, pelo discurso da Guerra às Drogas, em que são criados inimigos passíveis de serem exterminados, e consequentemente são desenvolvidas tecnologias para conter e reprimir o tráfico, e com isso o corpo que mais sofre e morre, direta ou indiretamente, é o corpo negro (Santiago, 2019).…”
Section: Mulher Racismo E Necropolíticaunclassified
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“…In Brazil, as elsewhere, motherhood has historically been linked to the 'greater good of society', associated with the idea of a suffering mother, the mother who cries, who sacrifices herself, who forgives everything, and who loves her children above all else and who must do everything to protect them (Araújo 2007;Freitas 2002;Santiago 2019). Interestingly, in all the interviews conducted for this research, mothers appear to be considered from a biological perspective, as if motherhood is not the product of a social construction that holds women accountable for care but is determined by nature (Quintela 2017).…”
Section: Motherhood: An Outlet For Oppression and Protection?mentioning
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