A Iniciação à educação científica e compreensão dos fenômenos científicos: A função das atividades informais

Abstract

A pesquisa buscou avaliar o desenvolvimento de atividades de iniciação científica pelos alunos do ensino básico em função da formação integral, pois sentem-se motivados a vivenciar processos cognitivos que resultam na produção e/ou recordação de conhecimento. Tais processos são uma estratégia importante na construção do conhecimento significativo. Os processos de ensino informal (extraclasse e não-formal) trabalham em espaços educacionais ou fora deles, ensinando e contribuindo com a educação fora dos limites da sala de aula, local planejado, em horários diversos e com experiências que possibilitarão maior crescimento e criatividade. Instigados pela proposta de ensino, os alunos aceitam a provocação e o envolvimento com a vontade e curiosidade do aprender interagindo. A realização de trabalhos investigativos, bem como a sua exposição em público, possibilita que “os jovens” pesquisadores adquiram capacidade do comunicação, de intercâmbio e construam novas concepções sobre o conhecimento de várias disciplinas, o que lhes permite uma visão de um mundo mais integrado e menos compartimentalizado. Neste processo, a incorporação de informações, conhecimentos já elaborados, técnicas e teorias é necessária para penetrar o desvelamento da realidade, porém sempre considerando estes elementos a partir das necessidades e não ao contrário. O diálogo entre a necessidade de conhecer e a utilização dos instrumentos teóricos e práticos é dialético, no qual nenhum dos polos desse impasse domina o outro. Nem o cotidiano pode se conhecer a partir do si mesmo, nem os instrumentos teórico-práticos podem conhecer o cotidiano sem partir do desejo e da vontade da própria comunidade para se conhecer e para se recriar.

Metodologias Para a Iniciação Científica: Preparação Para a Pesquisa Científica E Tecnológica

“…Justifica-se de forma positiva realizar atividades fora do âmbito escolar, pois ao se romper com o formalismo do processo educacional tradicional, introduzindo diferentes segmentos da sociedade, o aluno passa a correlacionar na prática o conhecimento sistematizado com a vivência de seu ambiente (Dalcin et al, 2005). Diante de certas dificuldades, financeiras e de espaço temporal no período letivo, tal metodologia muitas vezes é deixada em segundo plano nas escolas, mas sua importância é salutar.…”

“…Quando executada deve-se apresentar cautelas para que não se torne apenas um passeio recreativo, buscando planejamento para alcançar uma visão interdisciplinar na execução, bem como eficiência de conhecimento dos princípios que norteiam uma investigação científica e principalmente investimento em recursos para a vivência da pesquisa e qualificação do professor voltado para novas práticas (Dalcin et al, 2005).…”