A Família E Os Papeis De Gênero Na Adolescência

Abstract

<jats:p>Resumo Os papeis femininos e masculinos na sociedade brasileira passaram a ser questionados e modificados, afetando a família e revelando problemáticas que demandam atenção, apesar da suposta igualdade entre os sexos alcançados na sociedade contemporânea. O estudo é de abordagem qualitativa, utilizou-se entrevistas e a análise temática de conteúdo. Participaram adolescentes entre 14 e 16 anos. Foi possível observar que as interações e socialização ocorrida dentro do âmbito familiar ainda funciona como mecanismo de imposição e reforço de papeis “naturalizados” como femininos e masculinos, contribuindo para a persistência das condições sociais de desigualdade. Diante desse contexto, recomenda-se práticas de educação continuada nas escolas, sociedades e através de políticas públicas voltadas para facilitar o processo de ressignificação dos papeis de gênero na atualidade.</jats:p>

Fatores associados à qualidade de vida relacionada à saúde de adolescentes

“…Para a mulher, ser mãe e provedora principal do seu núcleo familiar implica em distanciamento das atividades relacionadas ao lar, repercute na qualidade das relações e no suporte social percebido pelos filhos. (22) O trabalho é, para as mulheres, fonte de satisfação e reconhecimento social; enquanto a maternidade representa realização pessoal. Para a conquista do equilíbrio entre as aspirações profissionais e os planos pessoais, é pertinente que as crenças e práticas dentro do espaço doméstico sejam ressignificadas.…”

Visibilidade da violência entre parceiros íntimos adolescentes e jovens: uma revisão integrativa

“…Nos estudos que compuseram a amostra desta revisão, identificou-se que a violência sexual se apresenta, em sua maioria, com a perpetração masculina e a vitimização feminina, confirmando a determinação da violência pelo gênero, que objetifica o corpo feminino como propriedade do homem, tido como sujeito da relação (1,22,(36)(37) . Em oposição a esse achado está o resultado de apenas um dos artigos analisados (24) que identificou taxas maiores de vitimização sexual entre meninos, sendo destacado pelo estudo a necessidade de novas pesquisas para confirmar ou refutar esse achado.…”

“…Uma pesquisa (35) realizada em 2016, concluiu que adolescentes iniciam a atividade sexual entre os 13 e 17 anos de idade. Nesta conjuntura não se pode compreender esse fenômeno como apenas a primeira relação sexual, mas como uma passagem circundada pelas relações de gênero, enraizadas culturalmente pela sociedade (36) .…”