“…Este processo inicia-se a partir do nascimento, no contato do bebê com a figura materna, em que a criança passa a perceber e conceber por meio da experiência corporal o seu "Eu Simbólico", a sua representação corporal, a sua identidade (McDougall, 2001;Mello Filho, 2002;Nasio, 2009). Porém, essa identidade pode ser abalada pelo diagnóstico de uma doença crônica, como a HAM/TSP, que acarreta uma modificação na estrutura corporal decorrente de seus sintomas clínicos, principalmente a perda de locomoção de forma lenta e progressiva, em (Gabbard, 2006;Mackinnon, Michels & Buckley, 2008;Mello Filho, 2002;Meltzer, 1989;Ogden, 1996). A imagem de si deixa de corresponder ao que se era, e não há (pelo menos momentaneamente para muitos pacientes) outra imagem a ser investida de forma positiva.…”