DOI: 10.11606/t.8.2012.tde-09012013-165600
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Abstract: O cientista crítico é crítico principalmente em relação a si próprio, ao seu trabalho, que deve executar nos limites das suas atribuições. O valor ideológico adquirido por sua obra não lhe vem de uma deliberada intenção, não é uma mensagem de que lhe reveste, um ingrediente que lhe acrescenta maliciosamente, mas decorre do fato de que todo o conhecimento possui por sua natureza essa característica. Se o que produz procede de uma consciência que se identifica pela raiz com o pensar das massas da comunidade, ess… Show more

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“…Nesse sentido, Leila Leite Hernandez (2008) afirma que o surgimento da Revista Présence Africaine 2 foi importante no processo de descolonização da História e da Historiografia africanas, tendo em vista as fortes influências da 'negritude' e do 'pan-africanismo' e a adoção de "[...] técnicas europeias de investigação histórica para resgatar o passado africano, buscando elementos de identidade cultural solapados pelo colonialismo" (Hernandez, 2008, p. 23). Ao mesmo tempo, Barbosa (2008Barbosa ( , 2012 identifica importantes nomes dessa nova fase da historiografia africana, como Cheik Anta Diop e Djibril Tamsir Niane, envolvidos na construção da Coleção História geral da África, da Unesco. Aponta também o surgimento de universidades no continente africano interessadas em pesquisas sobre a História da África, tais como a Universidade de Dakar (Senegal), o Gordon College Cartum (Sudão) e a Universidade de Nairobi (Quênia).…”
Section: A Coleção 'História Geral Da áFrica' E a Perspectiva Africanaunclassified
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“…Nesse sentido, Leila Leite Hernandez (2008) afirma que o surgimento da Revista Présence Africaine 2 foi importante no processo de descolonização da História e da Historiografia africanas, tendo em vista as fortes influências da 'negritude' e do 'pan-africanismo' e a adoção de "[...] técnicas europeias de investigação histórica para resgatar o passado africano, buscando elementos de identidade cultural solapados pelo colonialismo" (Hernandez, 2008, p. 23). Ao mesmo tempo, Barbosa (2008Barbosa ( , 2012 identifica importantes nomes dessa nova fase da historiografia africana, como Cheik Anta Diop e Djibril Tamsir Niane, envolvidos na construção da Coleção História geral da África, da Unesco. Aponta também o surgimento de universidades no continente africano interessadas em pesquisas sobre a História da África, tais como a Universidade de Dakar (Senegal), o Gordon College Cartum (Sudão) e a Universidade de Nairobi (Quênia).…”
Section: A Coleção 'História Geral Da áFrica' E a Perspectiva Africanaunclassified
“…Consideramos importante ressaltar que, ao mesmo tempo que se buscava analisar a história africana a partir de categorias próprias, lançou-se mão de perspectivas teórico-metodológicas das ciências ocidentais para a construção da Coleção. Nesse sentido, segundo Muryatan Barbosa (2012), Joseph Ki-Zerbo defendia que a "[...] a história da África deveria ser guiada pelas normas e procedimentos fundamentais da razão, sobretudo em relação à aplicação do princípio da causalidade [...]", permanecendo num "[...] caminho intermediário entre a singularização excessiva da África e a universalização acrítica, que levaria a alinhá-la demasiadamente a normas estrangeiras" (Barbosa, 2012, p. 38).…”
Section: A Coleção 'História Geral Da áFrica' E a Perspectiva Africanaunclassified
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“…A perspectiva intra africana, proposta pela HGA e debatida por Barbosa (2012), dialoga com importante obra de referência, "Orientalismo: o Oriente como invenção do Polêm!ca, v. 15, n.3, p. 10-33, outubro, novembro e dezembro 2015-DOI: 10.12957/polemica.2015 Ocidente" na qual Said recorre ao argumento de que a construção historiográfica acerca do Oriente, em geral traduz o olhar do ocidental sobre o Oriente. A perspectiva intra africana propõe uma história de si, da constituição de seu território, da flutuação de sua população, da diversidade de suas práticas e de seus comportamentos, a partir do olhar daquele que viveu as experiências, negando assim que o olhar acerca de si não seja estereotipado pela tradução do outro.…”
Section: Pesquisa Histórica E Estudo Da áFricaunclassified
“…A segunda emergiu nos Estados Unidos nos anos 1950-1960 e teve a origem ligada em parte às demandas de conhecimento das universidades estadunidenses sobre as jovens nações africanas no momento em que elas eram inseridas no complexo jogo das relações internacionais do período da Guerra Fria; vincula-se também à emergência dos movimentos de reivindicação de direitos civis protagonizados por afro--estadunidenses, desejosos de ver seus laços históricos fortalecidos com o seu continente de origem (FERREIRA, 2010). A terceira é constituída por intelectuais nativos da África, de variada formação, e suas interpretações valorizam as referências locais, bem como a experiência dos próprios africanos, fundando-se em conhecimento erudito articulado a saberes tradicionais, endógenos (NZIEM, 1986;LOPES, 1995;KAKOMBO, 2005;BARBOSA, 2012).…”
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