A reforma do Ensino Médio e sua questionável concepção de qualidade da educação

Formação Docente E Currículo: Desafios Contemporâneos

“…Para Ferretti (2018), a Lei 13.415/2017 apresenta uma proposta limitada de currículo, pautada na proposta da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).…”

“…Desse modo, com base nas discussões de Saviani (2003), Goodson (2005), Mészáros (2008, Apple (2008), Ferretti (2018), dentre outros estudiosos, este texto busca discutir a concepção pedagógica de educação e currículo para a formação docente, presentes no contexto histórico do Brasil e os desafios contemporâneos da política curricular nacional.…”

A Reforma Trabalhista Em Foco: Desconstrução Da Proteção Social Em Tempos De Neoliberalismo Autoritário

“…Nesse cenário, a aprovação da polêmica reforma do ensino médio (Lei nº 13.415) em 2017, cuja justificativa basilar foi a preparação dos alunos para o mercado de trabalho, parece não fazer sentido, já que as oportunidades de ocupações dignas, seguras e bem remuneradas se encontram cada vez mais escassas. Ferretti (2018) explica, entretanto, que as alterações promovidas na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) concentram-se na formação profissional e no desenvolvimento de competências em linha com as exigências do capitalismo contemporâneo, excluindo o papel questionador e a formação integrada. Isso ocorreu tanto por meio da separação dos itinerários formativos, com a inclusão da formação profissional, quanto por meio da exclusão da obrigatoriedade de disciplinas como Artes, Sociologia e Filosofia.…”

Responsabilidade social corporativa e fundações empresariais no Brasil: estratégias de legitimação polí­tica das empresas

“…, A BRF também relata em seu relatório ter estreitado seu relacionamento com o poder público. (Ferretti, 2017), aponta que a reforma do Ensino Médio não possibilita autonomia aos estudantes. O autor aponta a "formação profissional" da lei para salientar o caráter de qualificação da educação como instrumental para a formação de trabalhadores e não para o desenvolvimento de cidadãos.…”

“…Assim sendo, as grandes empresas, por meio das fundações, discutem a qualidade da educação, pelo menos na amostra deste trabalho, em termos de formação de competências profissionais e técnicas, ou seja, pertencentes ao mundo do trabalho, como também discutido nos estudos de Ferretti (2017).…”