Neste texto, abordo os filmes Tatakox (2007); Tatakox Vila Nova (2009) e Kakxop pit hãmkoxuk xop te yũmũgãhã (Iniciação dos filhos dos espíritos da terra, 2015), dirigidos por coletivos Tikmũ’ũn, buscando apontar nessa série de trabalhos sobre o ritual de iniciação das crianças, traços precários de um “xamanismo múltiplo”. Trata-se de pensar o encontro entre o cinema – tecnologia de ĩnmõxa? – e o povo-espírito da lagarta (tatakox), que, com seus aerofones, perfuram sua pele, nela abrindo passagens.