No ano de 2020 um vírus denominado SARS-CoV-2, atingiu países do mundo todo, tendo como principais características, a sua alta sobrevivência, capacidade de contaminação e gravidade em casos de internação. Para que seu potencial pandêmico fosse minimizado, diversas agências de saúde do mundo adotaram a estratégia de isolamento social, buscando reduzir aglomerações e o contato entre pessoas infectadas e saudáveis. Entretanto, esta estratégia gerou efeitos psicológicos negativos aos sujeitos, dentre estes, identifica-se a depressão, ansiedade, sentimentos de raiva, medo, insônia, processos de luto, dentre outros. No presente artigo, buscamos compreender os diversos efeitos do isolamento, em especial o luto, sob olhar da abordagem psicanalítica e, através de artigos recentes em plataformas online. Evidenciou-se que os sintomas encontrados, tiveram seu início, ou seu agravamento, em decorrência do isolamento social, incluindo a instauração de processos de luto, tanto pela perda de entes queridos, como pelo modo de viver drasticamente alterado. Compreende-se, então, que o impacto do isolamento social traz sofrimento para o sujeito, na medida em que impede o desenvolvimento das relações humanas. Diante desta perspectiva, torna-se importante compreender aspectos subjetivos desses fenômenos, para estabelecer novas práticas de enfrentamento dos problemas de saúde mental em época de pandemia.