A Letalidade Dos Acidentes De Trânsito Nas Rodovias Federais Brasileiras

Abstract

A preocupação com a mortalidade por acidentes de trânsito tem crescido em todo o mundo, sendo um importante problema de saúde pública e a principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos de idade (WHO, 2015). No Brasil, em 2016, aproximadamente 37 mil pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito, das quais 6.400 (17%) vieram a óbito após ocorrências em rodovias federais. Tendo em vista a relevância dessas mortes, o objetivo do presente artigo é identificar os fatores associados à letalidade dos acidentes de trânsito nas rodovias federais brasileiras em 2016, considerando, além das características das vítimas, informações sobre o contexto de ocorrência desses eventos. Para tal finalidade, foi utilizado um modelo binomial de regressão logística. Os resultados indicam que, em média, as chances de um acidente detrânsito ser letal aumentam para indivíduos do sexo masculino, pedestres, com ocorrências na região Nordeste, aos domingos, durante a madrugada, nas curvas, nas áreas rurais e para vítimas com idades mais elevadas.

Caracterização epidemiológica e sociodemográfica de acidentes de trânsito: uma revisão integrativa da literatura

“…Seguindo esse raciocínio, Medeiros (9) Anexado a tal ideia, os acidentes são mais frequentes em pista simples em relação à dupla, e muitas vias não possuem algum tipo de barreira física separando as pistas. E entre os tipos de acidentes, as colisões frontais prevalecem (10) .…”

“…Essas atitudes levam essa parcela da população a se expor a situações de risco, tornando-a mais propícia a sofrer algum tipo de acidente. Corroborando essa ideia, nos últimos anos, esse tem sido o perfil das vítimas de ATT, homens, adultos jovens (entre 20 e 40 anos) (10) .…”

“…Rocha (2) expõe, na caracterização do perfil das vítimas, o nível de escolaridade: com maior tempo de estudo (9)(10)(11) , encontram-se os motociclistas, seguidos pelos ciclistas e usuários de outros tipos de veículos motorizados, com 5 a 8 anos de estudo, e por último, com 1 a 4 anos de estudo, estão os pedestres. Rocha aponta também que mais da metade das vítimas possuem uma renda entre 1 e 2 salários mínimos, e os ciclistas e motociclistas são em sua maioria responsáveis por prover os custos das despesas de suas famílias.…”

“…Esses dois tipos de acidentes responderam por 6,5% do total, e embora menos frequentes, foram os mais letais. Os acidentes resultantes de colisões frontais apresentam maior letalidade quando comparados às colisões traseiras (10) .…”

“…A queda de motocicleta foi o segundo principal mecanismo de trauma, correspondendo a 15,4%". "Outro resultado encontrado foi o risco maior de morte para os pedestres, seguidos pelos ciclistas e os ocupantes de motocicleta, em comparação aos ocupantes de automóveis" (10) . Entre os anos de 2000-2007, o maior número de óbitos pertencia aos pedestres, porém, nos últimos anos, os óbitos decorrentes de acidentes de motocicletas tornaram-se a principal causa de mortalidade no trânsito (9) .…”