Argamassa autonivelante com adição de resíduos de mármores e granitos: propriedades físicas e mecânicas

Abstract

Resumo Foram desenvolvidas misturas de argamassas autonivelantes para contrapiso com resíduos do corte de mármores e granitos (adição de 40% e 50% RCMG em relação à massa de cimento), e sem o resíduo, variando-se a quantidade de aditivo modificador de viscosidade e superplastificante, relação água/cimento e cimento/areia. Sequencialmente foram ensaiadas dosagens com fíler calcário em substituição ao RCMG, com adição de fibras de polipropileno, e foi estudado um produto comercializado. Propriedades nos estados fresco (espalhamento/flow, healing time, retenção de fluxo após 20min e 30min e tempo de pega) e endurecido (massa específica, absorção de água, índice de vazios, resistência à compressão e tração na flexão) foram ensaiadas conforme a ASTM 1708. A mistura otimizada com 50% RCMG, fator água/cimento de 0,55, proporção cimento/areia de 1:1,5 (em massa utilizando o cimento CPV-ARI) obteve resistência à compressão de 38,89 ± 2,10 MPa aos 28 dias, apresentando o melhor desempenho entre as argamassas testadas. A adição de material fino nas dosagens de argamassas autonivelantes contribuiu para o espalhamento do material e reduziu o problema de segregação. O RCMG quando empregado em misturas de argamassas autonivelantes permite diminuir os impactos ambientais pertinentes das atividades de exploração e beneficiamento de rochas ornamentais.

Levantamento dos métodos de dosagem de argamassas autoadensáveis no Brasil

“…Rubins [9] Argamassas pré-dosadas Silva [10] Martins [1] Santos [11] Autoria própria Inéia [12] Martins [1] Gama [13] Souza, Ferreira e Azevedo [14] Fortunato et al [15] Não descreve um método de dosagem Lopes et al [16] Método Tutikian [17] Chaves [18] Adaptação Repette -Melo [6] Mendes [19] Autoria própria Martins et al [20] Não descreve um método de dosagem, mas parte de uma argamassa pré-definida Martins et al [21] Não descreve um método de dosagem, mas parte de uma argamassa pré-definida Martins et al [22] Não descreve um método de dosagem, mas parte de uma argamassa pré definida Fortunato et al [23] Não descreve um método de dosagem, mas parte de uma argamassa pré-definida Paulino [24] Adaptação Repette -Melo [6] Oliveira [25] Adaptação (Souza et al, 2012) [14] Alves [26] Adaptação (Souza et al, 2012) [14] Betioli [27] Não descreve um método de dosagem Siqueira [28] Adaptação Repette -Melo [6] Passos [29] Autoria própria Fonte: o autor.…”

“…Com isso, selecionou três teores de agregado miúdo definindo os parâmetros em relação aos ensaios de estudo fresco -ENTAC2022 -Ambiente Construído: Resiliente e Sustentável 8 cone de espalhamento e mini Funil-V. Por fim, produziu argamassas autoadensáveis com diferentes teores de fíler, alterando a quantidade de aditivo e obteve argamassas fluidas com diferentes relações água/cimento (a/c), conforme variava a adição pó de pedra. Em sua publicação, Mendes [19] desenvolveu um método de dosagem pela variação de materiais em relação à massa de cimento, e comparou com uma argamassa comercial com proporção de 1:0,2 (materiais secos : água). Com isso, constatou que a argamassa apresentou resistência à segregação e diâmetro mínimo de 125 mm, no ensaio de espalhamento, baseado no ASTM C 1708/C.…”