2023
DOI: 10.1590/interface.220520
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A Saúde Coletiva e suas áreas: territórios ou aldeamentos?

Abstract: A progressiva conformação de áreas específicas de conhecimento e prática no interior do campo da Saúde Coletiva brasileira tem desafiado sua unidade e sua identidade enquanto tal. Como compreender o movimento centrífugo de diferenciação dessas áreas desde sua origem comum? Como resgatar uma identidade de campo e criar sinergias entre as áreas? O presente ensaio busca refletir sobre essas questões tomando por base aportes teórico-filosóficos da hermenêutica contemporânea (Gadamer, Ricoeur, Habermas). Critica-se… Show more

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“…Ao eleger um termo fora da jurisdição sanitáriaque até este movimento não dispunha de normativas para regulamentar o recém criado termo "farmácia viva" ou mesmo "oficina farmacêutica"conseguia balizar as dificuldades inerentes de se instalar um "laboratório farmacêutico", ou seja, uma unidade produtiva aos modos como previa a vigilância sanitária da época e que era, bem ao certo, técnica, social, cultural e economicamente incoerente com a proposta anunciada.35 Com o conceito de "território" faço aqui referência ao modo como é teorizado na saúde coletiva que, distante do limite geográfico, procura tomá-lo como lócus de sociabilidade. Contudo, no debate proposto, que diz respeito propriamente às identidades produzidas a partir dessa sociabilidade, talvez eu esteja mais próximo de conceitos que transcendam a territorialização, por exemplo, como prefereAyres (2023) ao mobilizar a ideia de aldeamento.A "hortos", e não "laboratórios" ou "farmácias" inspirou ações também no Espírito Santo, Paraíba e Minas Gerais, movimento que se deu tanto a partir de trabalhadores individuais como equipes de trabalho e professores interessados no compartilhamento de experiências realizadas no âmbito do serviço público.No Estado do Rio de Janeiro, em 1985, um canteiro de plantas medicinais passou a integrar a terapêutica municipal em Niterói, instalado no bairro Santa Rosa. De modo ainda extraoficial, visto que nem a fitoterapia nem a organização tecnológica dos canteiros terapêuticos contavam ainda com regulamentação no serviço público, a oferta tinha respaldo e amplo reconhecimento comunitário, e teve na articulação com a Universidade Federal Fluminense, parceira da proposta, também uma forma de legitimação.…”
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“…Ao eleger um termo fora da jurisdição sanitáriaque até este movimento não dispunha de normativas para regulamentar o recém criado termo "farmácia viva" ou mesmo "oficina farmacêutica"conseguia balizar as dificuldades inerentes de se instalar um "laboratório farmacêutico", ou seja, uma unidade produtiva aos modos como previa a vigilância sanitária da época e que era, bem ao certo, técnica, social, cultural e economicamente incoerente com a proposta anunciada.35 Com o conceito de "território" faço aqui referência ao modo como é teorizado na saúde coletiva que, distante do limite geográfico, procura tomá-lo como lócus de sociabilidade. Contudo, no debate proposto, que diz respeito propriamente às identidades produzidas a partir dessa sociabilidade, talvez eu esteja mais próximo de conceitos que transcendam a territorialização, por exemplo, como prefereAyres (2023) ao mobilizar a ideia de aldeamento.A "hortos", e não "laboratórios" ou "farmácias" inspirou ações também no Espírito Santo, Paraíba e Minas Gerais, movimento que se deu tanto a partir de trabalhadores individuais como equipes de trabalho e professores interessados no compartilhamento de experiências realizadas no âmbito do serviço público.No Estado do Rio de Janeiro, em 1985, um canteiro de plantas medicinais passou a integrar a terapêutica municipal em Niterói, instalado no bairro Santa Rosa. De modo ainda extraoficial, visto que nem a fitoterapia nem a organização tecnológica dos canteiros terapêuticos contavam ainda com regulamentação no serviço público, a oferta tinha respaldo e amplo reconhecimento comunitário, e teve na articulação com a Universidade Federal Fluminense, parceira da proposta, também uma forma de legitimação.…”
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