O “espaço do fabuloso” e a representação de animais na cerâmica coríntia no século VII a.C.

Abstract

Resumo A representação de animais na cerâmica coríntia durante o VII século a.C. consiste em uma temática bastante apreciada entre arqueólogos e historiadores da Arte ao longo do século XX. Segundo esses especialistas, o ‘estilo orientalizante’ era concebido como uma ‘importação’ de signos próximo-orientais por parte dos artesãos gregos. Porém, uma nova visão acerca do ‘fenômeno orientalizante’ tem buscado compreender as tensões, as disputas e os conflitos no seio das elites nas póleis por meio da análise dos artefatos ‘orientais’. Nosso intuito consiste em apresentar um novo olhar sobre as representações de animais e de ‘seres fabulosos’ na cerâmica coríntia durante o VII século a.C.

Vasos que se quebram, vidas que se vão: cerâmicas em tumbas no norte bretão (séculos IV-II a.C.)

“…para o risco de) uma leitura demasiadamente atenocêntrica da história grega, embora, no âmbito dos estudos helênicos, já contemos com exames dedicados a outros recortes cronológicos e/ou geográficos, que incluem discussões sobre cerâmicas cicládicas, argivas, coríntias, lucanas, macedônicas, dentre outras (DIAS, 2003;FILHO, 2011;FLEMING, 1997;KORMIKIARI;PORTO, 2019;LIMA, 2007LIMA, , 2015SANTOS, 2016;SOUZA, 2015;THEML, 1997…”

Pégaso No Imaginário De Corinto Arcaica

“…Essa assimilação dialógica, conhecida como "fenômeno orientalizante", proporcionou a representação de signos animalescos, de monstros e de seres fantásticos. O nosso interesse consiste em decodificar os ícones gravados nos frisos e bordas dos vasos, explicitando o "espaço do fabuloso" (LIMA, 2015). E um ícone que expressa o "fabuloso" é o cavalo alado Pégaso.…”