Disfagia e acidente vascular cerebral: relação entre o grau de severidade e o nível de comprometimento neurológico

Abstract

O objetivo deste estudo foi verificar a ocorrência de disfagia após acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico agudo durante as primeiras 48 horas de aparecimento dos sintomas para o estabelecimento de uma possível relação entre o nível de comprometimento neurológico e o grau de severidade da disfagia. Após a admissão hospitalar de emergência, três pacientes passaram por avaliação clínica neurológica, composta por exame físico geral, exame neurológico e aplicação da NationalInstitute of Health Stroke Scale (NIHSS); e avaliação clínica da deglutição por meio do Protocolo Fonoaudiológico de Avaliação do Risco para Disfagia (PARD). Dos pacientes avaliados, um apresentou deglutição funcional, com NIHSS 11, e dois apresentaram disfagia orofaríngea leve e moderada, sendo o NIHSS 15 e 19, respectivamente. O fluxo do serviço e a procura tardia dos pacientes por auxílio médico determinaram o baixo número de amostra. Os resultados obtidos confirmam os dados da literatura em relação à gravidade do paciente neurológico e à manifestação de disfagia.

Association between neurological injury and the severity of oropharyngeal dysphagia after stroke

“…Early Speech-language Pathology (SLP) intervention in patients affected by this disorder is aimed at the rapid identification of OD and, consequently, at the prevention Caption: NIHSS = National Institute of Health Stroke Scale; FOIS = Functional Oral Intake Scale of clinical complications arising from it in order to reduce hospitalization time (16,17) . This study aimed to evaluate post-stroke patients, verifying the degree of biomechanical impairment of the swallowing process to establish diagnostic hypotheses and elaborate a therapeutic response according to the needs and clinical status of the patient.…”

Disfagia no doente após acidente Vascular Cerebral: Consequências e Intervenção do Enfermeiro

“…Verifica-se assim que a prevalência desta sequela é elevada no pós-AVC e que necessita de múltiplos cuidados de Enfermagem. É assim considerada morbidade pós-AVC e a sua manifestação está associada ao aumento do risco de complicações pulmonares e à própria mortalidade, daí a importância de fazer um diagnóstico precoce desta sequela (Itaquy et al, 2011).…”

“…No estudo desenvolvido por Itaquy et al (2011), a disfagia ocorre na maioria em doentes que apresentaram comprometimento da artéria cerebral média (território de circulação anterior), tal como se verificou no estudo de Barros et al (2006) em 76% dos casos. Segundo Cola et al (2010), refere que as conexões subcorticais matéria branca são importantes na deglutição e se houver interrupção da conexão cortical-subcortical pode resultar em disfagia.…”

“…Verificou-se uma relação diretamente proporcional entre o estado neurológico e a disfagia, pois concluíram que na maioria dos casos esta sequela começa a manifestar-se num score de 12 na National Institute of Health Stroke Scale [NIHSS] (Itaquy et al, 2011). O score a partir do qual não se deve alimentar o doente via oral é de 14 (Okubo, 2008).…”

“…Deste modo, caso o estado de consciência não permita uma segura avaliação da disfagia, é mais seguro considerar que o doente tem disfagia total e reavaliá-lo posteriormente. A incidência de disfagia no pós-AVC varia de 42 a 67% (Itaquy et al, 2011), e para Paixão et al (2010), esta predomina em todos os doentes com AVC isquémico (100%).As consequências da disfagia após o AVC...online 2015. dezembro. 1(3): 388 -401…”