2016
DOI: 10.1590/s2178-14942016000300002
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O processo histórico de formação da classe trabalhadora: algumas considerações

Abstract: Resumo O artigo enfoca a necessidade de atualização conceitual no debate sobre o processo histórico de formação da classe trabalhadora. Parte da análise das referências que influenciaram o desenvolvimento da história do trabalho no Brasil a partir dos anos 1980. Examina aspectos ainda pouco explorados da obra de E. P. Thompson e discute em que medida ela permanece atual. Por fim, sistematiza contribuições de diversos autores que vêm buscando reformular as abordagens sobre o tema de modo a enfrentar novos desaf… Show more

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“…Indicativos de respostas de tais questionamentos devem considerar a influência do supracitado historiador inglês E. P. Thompson, que forneceu elementos para junção do contexto de época à ampliação das noções de sujeitos e de espaços de atuação política. De acordo com Fortes (2016), […] se as formulações mais conhecidas de Thompson são ainda hoje identificadas como síntese das mudanças ocorridas nos estudos do trabalho no Brasil a partir dos anos 1980, é necessário vê-las como a ponta de um iceberg, e entender que sua recepção e impacto não podem ser compreendidos fora dos contextos que procuramos esboçar [....]. A circulação e a apropriação desse conjunto de referências possibilitou, em primeiro lugar, a superação de paradigmas teleológicos e vanguardistas, tanto vinculados à teoria da modernização (com foco na adaptação do trabalhador vindo de um mundo "tradicional" ao universo urbano-industrial) quanto na vertente leninista (baseada na memória seletiva de movimentos militantes "exemplares", na denúncia da "falsa consciência" das massas operárias e na instrumentalização da história do movimento operário para a luta política) (FORTES, 2016, p. 592).…”
Section: -As Resistências Do Trabalho Docente à Precarizaçãounclassified
“…Indicativos de respostas de tais questionamentos devem considerar a influência do supracitado historiador inglês E. P. Thompson, que forneceu elementos para junção do contexto de época à ampliação das noções de sujeitos e de espaços de atuação política. De acordo com Fortes (2016), […] se as formulações mais conhecidas de Thompson são ainda hoje identificadas como síntese das mudanças ocorridas nos estudos do trabalho no Brasil a partir dos anos 1980, é necessário vê-las como a ponta de um iceberg, e entender que sua recepção e impacto não podem ser compreendidos fora dos contextos que procuramos esboçar [....]. A circulação e a apropriação desse conjunto de referências possibilitou, em primeiro lugar, a superação de paradigmas teleológicos e vanguardistas, tanto vinculados à teoria da modernização (com foco na adaptação do trabalhador vindo de um mundo "tradicional" ao universo urbano-industrial) quanto na vertente leninista (baseada na memória seletiva de movimentos militantes "exemplares", na denúncia da "falsa consciência" das massas operárias e na instrumentalização da história do movimento operário para a luta política) (FORTES, 2016, p. 592).…”
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“…Ambos têm em comum certa simbiose com o ativismo de seus militantes, constituindo-se como espaços acadêmicos e de luta social. Apesar de consolidado na academia e com longa trajetória de estudos, o campo da história social do trabalho passou por uma forte oxigenação a partir dos estudos de E. P. Thompson, que criou espaço para o debate de questões culturais e identitárias até então pouco valorizadas (FORTES, 2016). A ampliação dos temas da história social do trabalho tem possibilitado a abertura de frentes de pesquisas, muitas vezes em abordagens interseccionais e transbordando os estudos tradicionais que durante muito tempo permaneceram concentrados no proletariado masculino e branco em sua luta fabril.…”
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