Nossos corpos também mudam: a invenção das categorias "travesti" e "transexual" no discurso científico

Abstract

Pokémon ou Pocket Monsters são personagens de um videogame que posteriormente foram retratados em histórias em quadrinhos, desenhos animados e filmes. Resumidamente, são criaturas que evoluem e adquirem diferentes formas.

Diversidade e antidiscriminação: uma discussão necessária

“…Se a mulher destituída de autonomia ou escravizada por esse poder masculino é necessariamente feminina e fêmea, então realmente há pouco espaço para o enquadramento das transexuais nessas narrativas. Até porque, um traço comum na literatura brasileira sobre as transexualidades (BARBOSA, 2013;BEN-TO, 2006;CARVALHO, 2018;TEIXEIRA, 2013;LEITE JUNIOR, 2011) é a aceitação de que pessoas trans embaralham o sistema sexo-gênero ao expressarem--se opondo os dois elementos. Nesse sentido, Cecília, Anita, Greta, Sofia e Laura foram todas designadas com o sexo masculino na ocasião do nascimento, sem que nenhuma delas tivesse alterado essa informação no registro civil.…”

INVISIBILIDADE DO RACISMO AOS POVOS INDÍGENAS: Marcos Legais e Desenvolvimento Sustentável

“…Estão excluídas desse local de "mulheridade", à princípio, aqueles sujeitos que embora se identifiquem como mulheres ou como pertencentes a identidades femininas, não foram assim designados no momento do nascimento. Está-se a se falar das identidades comumente nomeadas como "mulher transexual", "mulher transgênero(a)" ou "mulher trans" e "travesti" (BENTO, 2006;DUQUE, 2011;LEITE JUNIOR, 2011;PELÚCIO, 2009;TEIXEIRA, 2013;). Estes são nomes que emergem na literatura nacional e na prática política dos movimentos sociais com muitos sentidos diferentes, ora sendo manejados como idea-ções distintas, ora como similares (BARBOSA, 2013;CARVALHO, 2018).…”

Um arco-íris nas velas do Argo experiências de gênero na fronteira

“…O sexo e o gênero, tantas vezes tomados como par binário correspondente, respectivamente, à natureza e à sua elaboração cultural, não são senão produções recentes do saber ocidental, carregados de colonialidade, branquitude e cisheteronormatividade, todos naturalizados no saber-poder médico-científico (LAQUEUR, 2011;LEITE JR., 2011;PRECIADO, 2014;. Paul Preciado vai adiante e nos mostra como o capitalismo pós-industrial se constrói a partir da gestão política e técnica do corpo, constituindo-se como regime farmacopornográfico, cujos mecanismos se materializam na psicologia, na sexologia e na endocrinologia, consolidada a ciência como "aparato discursivo-material da produção físico-corpórea" (PRECIADO, 2018, p. 37).…”