2012
DOI: 10.1590/s1809-58442012000100005
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A cobertura jornalística de fronteiriços e favelados : narrativas securitárias e imunização contra a diferença

Abstract: ResumoEste artigo realiza uma abordagem da imunização frente à diferença produzida pela cobertura jornalística sobre acontecimentos ocorridos nas periferias pertinentes às fronteiras internacionais brasileiras (fronteiras) e aquelas localizadas em suas áreas metropolitanas (favelas). A opção metodológica que a sociossemiótica aporta permite a análise da cobertura de acontecimentos realizada pela mídia local, por meio de um corpus criado a partir de edições dos anos 2006-2007 de um diário fronteiriço, em contra… Show more

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“…A conotação negativa sobre o tema também pode ser percebida pela cobertura jornalística no Brasil dos acontecimentos fronteiriços. Em uma análise do agenciamento que a mídia local e a nacional realizaram sobre as fronteiras internacionais brasileiras entre 2005-2006, Silveira (2012 aponta para a manutenção de um enquadramento discursivo que privilegia situações de violência, as quais frisam a ausência do Estado, os riscos à segurança pública, ao patrimônio e à ordem tributária. A autora interpreta a cobertura como "alarmes de incêndio" que alertam continuamente a comunidade local e nacional para seus perigos.…”
Section: Documentário E Representaçãounclassified
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“…A conotação negativa sobre o tema também pode ser percebida pela cobertura jornalística no Brasil dos acontecimentos fronteiriços. Em uma análise do agenciamento que a mídia local e a nacional realizaram sobre as fronteiras internacionais brasileiras entre 2005-2006, Silveira (2012 aponta para a manutenção de um enquadramento discursivo que privilegia situações de violência, as quais frisam a ausência do Estado, os riscos à segurança pública, ao patrimônio e à ordem tributária. A autora interpreta a cobertura como "alarmes de incêndio" que alertam continuamente a comunidade local e nacional para seus perigos.…”
Section: Documentário E Representaçãounclassified
“…Nesse ponto, fica evidente que o documentário efetiva um recorte da realidade retratada e que as representações contemplam determinados sentidos em detrimento de outros. Por exemplo, as contravenções e riscos à segurança e ao patrimônio nacional, tão acentuados no enquadramento jornalístico (Silveira 2012) não são sequer mencionados nesta obra audiovisual em análise. A falta de alusão à criminalidade, legalidade ou ordem social podem ser interpretadas tanto como inocência da realizadora do documentário, que propõe representações positivas sobre o cotidiano fronteiriço, assim como superação dos "valores de estigmatização impostos à cobertura das fronteiras" (Silveira 2012, 85) e dos estereótipos bastante consolidas no cinema mainstream norteamericano sobre tais espaços (IGLESIAS-PRIETO 2010), uma vez que faltam produções midiáticas a respeito do cotidiano fronteiriço que constituam instrumento de construção ou afirmação das identidades dos grupos sociais desses locais.…”
Section: As Representações No Documentário: a Análise Documental Da Cunclassified
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