INTRODUÇÃOA literatura é bastante clara em afirmar que há diferença significativa entre o padrão respiratório de adultos e de idosos, sugerindo que a função pulmonar é negativamente influenciada pelo envelhecimento (RUIVO et al., 2009). Assim como em outros sistemas do organismo, o sistema respiratório sofre alterações fisiológicas decorrentes do envelhecimento cronológico, entre as quais podemos destacar: decréscimo da força muscular respiratória, do recolhimento elástico e da complacência da caixa torácica (SIMÕES et al., 2007;DE SOUZA et al., 2016). Estas alterações estão associadas a perda de massa muscular, modificação na quantidade e composição das células do tecido conjuntivo dos pulmões (como a elastina, o colágeno e a proteoglicana), enrijecimento da caixa torácica devido à calcificação das costelas e das articulações vertebrais e alteração do padrão postural típica do envelhecimento, em que ocorre o aumento da cifose torácica, gerando encurtamento da musculatura inspiratória (SIMÕES et al., 2007).Neste contexto, que aponta para o declínio da função respiratória, observa-se que as doenças respiratórias são comuns em idosos, sobretudo doenças agudas e neoplasias malignas do trato respiratório (NUNES, 2004;KILSZTAJN et al., 2016). Idosos com déficit na função respiratória estão mais propensos a hipoventilação, redução de atividades físicas e hospitalizações (SIMÕES et al., 2007).Entre os idosos, as doenças pulmonares estão entre as principais patologias que acomete esta faixa etária, que gera maiores números de internação