As vulvovaginites são as causas mais comuns de corrimento vaginal em mulheres, e as principais consequências associadas estão: infertilidade, parto prematuro ou recém-nascido de baixo peso, aborto, endometrite pós-cesárea, aumento do risco de contrair doenças de transmissão sexual, como a AIDS, gonorréia, tricomoníase, entre outras. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi identificar a prevalência de vulvovaginites em mulheres lavradoras atendidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) oriundas da zona rural do interior do Maranhão. Para isso, foi realizado um estudo retrospectivo, transversal e descritivo, realizado com mulheres que buscaram atendimento em uma UBS atendidas durante os anos de 2018 e 2020. De acordo com os dados levantados, predominaram mulheres com mais de 51 anos (28,57%), lavradoras (61%), que se queixaram de leucorreia, e apresentaram no resultado do exame: Gardnerella, Candida e HPV. Os dados apresentados neste trabalho demonstram como a educação em saúde para as mulheres, em especial para aquelas que possuem baixo acesso aos serviços de saúde, é mandatória. Isso permitirá que a busca por atendimento ginecológico ocorra de forma precoce, visto que alguns dos agentes causadores das vulvovaginites, como o HPV, estão associados a vários tipos de cânceres.