O ideário taylorista, a gestão da subjetividade e o poder pastoral

Abstract

Este ensaio tem por objetivo analisar o ideário taylorista concernente à relação entre operários e gestores a partir da categoria do poder pastoral, proposta por Michel Foucault. Se o poder disciplinar incide sobre o corpo, o poder pastoral incide sobre a alma do indivíduo, implicando - por meio de técnicas confessionais - a direção de consciência. No âmbito do taylorismo, pode-se concluir, tal poder se manifesta, mas não com um sentido parhesiastico, revelando no taylorismo um processo de configuração de verdades a respeito do sujeito operário, ou trabalhador, que o coloca em condição de objeto da gestão nas relações estabelecidas entre a gestão e o operário.

Notions of subject and power in Foucaultian readings and their influence in organization and people management studies

“…The pastoral power is another key possibility to analyze the subject and the power relation of the organizations (PRETES and VIANNA, 2014). Unlike the disciplinary power, that is a manner of influence over each individual, the pastoral power is, essentially, a way of directing bodies and souls with the purpose of obtaining appropriate behaviors (WALTER, WINKLER and CRUBELLATE, 2013). The pastoral power bases on a relation of power, in which the pastor seeks to change the spirit and the desire of the person, and to guide, to lead, to control, and to manipulate, starting from the spiritual orientation through confession.…”

“…This relation implies that the pastor needs to know more and more about his congregation. The result of the confession practice revels that the individual makes up a particular kind of truth of himself and comes up with a truth that connects him to the one who leads his awareness (CANDIOTTO, 2008;FERREIRINHA and RAITZ, 2010;WALTER, WINKLER and CRUBELLATE, 2013).…”

Aproximación al pensamiento crítico de la visión Taylorista: Caso fábrica Imbabura. //Approach to the critical thinking of the Taylorist vision: Imbabura factory case.

“…Es decir, no hay la posibilidad de dejar que el operario actúe con libertad (Moulin & Mello, 2013). En estas condiciones, se considera que para la sociedad moderna el cuerpo útil, productivo y sumiso es primordial para las organizaciones (Procopiuk Walter, Gómez Winkler, & Crubellate, 2013). Al referirse al poder como las relaciones y prácticas sociales en las cuales este se ejerce, en el Taylorismo se va configurando un conjunto de verdades que colocan al operario o trabajador en condición de objeto en las relaciones establecidas.…”