aos amigos da Pós-Graduação em Teoria e História Literária do IEL, especialmente ao Prof. Dr. José Leonardo Souza Buzelli, pelo incentivo desde o momento anterior à minha aprovação como aluno da Unicamp e pela torcida ao longo de toda a trajetória, bem como ao parceiro de viagens, aulas, almoços, cafés e passeios pelos sebos de Barão Geraldo, Prof. Dr. Diego Gomes do Valle; às minhas irmãs Eva, Jaqueline, Marisa e Marcia, pelo incentivo; aos demais familiares (em especial, à Tia Clare, sempre vibrando com meus acertos) e aos amigos que ajudaram de diversas formas.Agradeço, ainda, aos meus pais, Lourdes e Jaques, pela vida e pelo apoio.
RESUMOAtravés de seus poemas de índole modernista, cujo registro lírico baseia-se na reelaboração dos empréstimos efetuados das expressões poéticas das vanguardas europeias, Luís Aranha forneceu uma reconstituição crítica, fundamentada na ironia e no humor, do processo de transformação do cenário urbano da cidade de São Paulo, bem como dos modos de viver no início do século XX em decorrência do surto desenvolvimentista tecnológico da Segunda Revolução Industrial. Para tanto, o poeta recorreu, em especial, aos procedimentos formais futuristas e cubistas da colagem, das palavras em liberdade, do rompimento com a sintaxe, da justaposição de imagens e da associação de ideias. Dessa forma, Aranha contribuiu significativamente para a renovação do código literário brasileiro no momento de transição da poesia pós-romântica para a poesia modernista. Neste trabalho, analisamos um conjunto de dez poemas selecionados de Cocktails, rastreando o diálogo estabelecido entre Luís Aranha e alguns expoentes da poesia europeia, entre eles: Álvaro de Campos, Arthur Rimbaud, Blaise Cendrars e Guillaume Apollinaire.