2020
DOI: 10.1590/s1678-4634202046238077
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A reinvenção do cotidiano em tempos de pandemia

Abstract: Resumo Em 2020, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) faz 30 anos. Esse marco coincide com a pandemia causada pela COVID-19, que coloca em conflito noções de direito ligadas à preservação da vida e da liberdade apresentadas pelo próprio ECA. Diante desse contexto, este artigo trata a respeito de reinvenções e deslocamentos diante da quarentena, os quais se pautam pelo direito à vida ao mesmo tempo em que restringem o direito à liberdade. Ao assumir a inseparabilidade que Michel de Certeau postula quanto… Show more

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“…Moreover, after the period of social distancing, a possible diagnosis by the educators of what was learned during this time is necessary, reviewing the content in order to fill possible learning gaps. 20…”
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“…Moreover, after the period of social distancing, a possible diagnosis by the educators of what was learned during this time is necessary, reviewing the content in order to fill possible learning gaps. 20…”
Section: Resultsmentioning
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“…O distanciamento social gerou, de forma inédita e urgente, uma reorganização do espaço e do tempo, cotidianos das crianças e de suas famílias, uma vez que, as instituições de ensino suspenderam suas atividades presenciais. A indústria, o comércio e os serviços em geral instalaram ou intensificaram o delivery e o home office (Guizzo, Marcello, & Müller, 2020).…”
Section: Introductionunclassified
“…Essas alterações de rotinas e de reorganização do espaço e do tempo poderão ter impactos negativos apresentados em diferentes níveis: nas relações internacionais ou particulares, no desenvolvimento do país, do estado, da comunidade do sistema familiar e individual (Bezerra, Silva, Soares, & Silva, 2020;Goodman & Borio, 2020;Guizzo et al, 2020;Linhares & Enumo, 2020;Miranda, Athanasio, Oliveira, & Simoes-e-Silva, 2020;Qiu et al, 2020).…”
Section: Introductionunclassified
“…Neste evento, inicialmente, epidemiológicos as crianças e os adolescentes são, potencialmente, menos atingidos pela doença do que outros segmentos sociais, o que, aparentemente os coloca em vantagem em relação aos demais grupos, no entanto, a luta pela conquista e efetivação de direitos da criança e do adolescentes são uma constante no quadro político e cultural contemporâneo e com a pandemia, que afeta a todos, não se podem imaginar que esta polução passaria incólume por esta pandemia, como já previa Guizzo, Marcelo e Müller, (...) no atual contexto, importa menos comemorar de forma celebratória o aniversário do ECA e sim, colocar em perspectiva os avanços até então por ele prometidos -seja por meio da avaliação dos tensionamentos e obstáculos em direção à garantia de uma série de direitos da criança e do adolescente, seja pela consideração do desafio inescapável que hoje, maio de 2020, enfrentamos: uma nova pandemia causada por um vírus pouco conhecido, agressivo e que coloca em risco a vida de milhares de pessoas. (Guizzo, Marcello, and Müller 2020) Se por um lado, dentre os grupos sociais, crianças e adolescentes são os menos vulneráveis à doença, por outro, são aqueles que mais diretamente sofrem suas consequências sociais, afinal, são esses, que quanto mais empobrecidos e vulnerablizados, mais vivem à mercê das expressões da questão social, assim, isolamento, a falta de educação, de saúde adequada, de trabalho e emprego, a falta de moradia e de oportunidades para as famílias como um todo empurra essas crianças e essas juventudes a espaços de violação já conhecidos como a violência sexual, o trabalho infantil, a violência doméstica, à drogadição e outras tantas outras formas de violências e violações.…”
Section: Introductionunclassified