A relação entre o vital e o social no pensamento de Georges Canguilhem envolve uma específica reestruturação filosófica, por ele empreendida em O normal e patológico, realizando um deslocamento teórico em face das análises quantitativas da saúde quanto, ao mesmo tempo, construindo uma problemática própria a respeito da normação, fazendo com que o vital seja pensado, inexoravelmente, como a imbricação do biológico com o social, acarretando, ainda, um reposicionamento político, crítico, no que tange à consideração sobre saúde e doença.