2015
DOI: 10.1590/s1678-31662015000200005
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Uma certa latitude: Georges Canguilhem, biopolítica e vida como errância

Abstract: resumoEste artigo procura discutir a possibilidade de uma biopolítica que não seja apenas a descrição dos mecanismos disciplinares de administração dos corpos e de gestão calculista da vida, mas possa fornecer um fundamento para a crítica social do capitalismo contemporâneo. Para tanto, trata-se de derivá-la do vitalismo de Georges Canguilhem e de suas discussões a respeito da normatividade vital, das relações entre o normal e o patológico e da errância própria à atividade vital. Ao fim desse processo, veremos… Show more

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“…Juvenal entrou pela porta errada. Segundo Safatle (2015) entrar pela porta errada para Canguilhem não é só a perdição, mas o encontro do imprevisto, o imperceptível que vem à tona quando se muda a perspectiva de percepção. Em seu período de negação da realidade, Juvenal esteve errante pelas ruas, praças e banheiros públicos, e a vida que levara antes parecia o lampejo de um passado distante.…”
Section: Análise Da História De Vida De Juvenalunclassified
“…Juvenal entrou pela porta errada. Segundo Safatle (2015) entrar pela porta errada para Canguilhem não é só a perdição, mas o encontro do imprevisto, o imperceptível que vem à tona quando se muda a perspectiva de percepção. Em seu período de negação da realidade, Juvenal esteve errante pelas ruas, praças e banheiros públicos, e a vida que levara antes parecia o lampejo de um passado distante.…”
Section: Análise Da História De Vida De Juvenalunclassified
“…Assim, estar vivo e ter direito a definir os seus modos de vida têm que ser valorizados em sua profundidade vital para que a violência desse modelo de desenvolvimento, que tem na mineração seu acirramento máximo, possa ser compreendida. Safatle (2015) concorda que Canguilhem pode nos ajudar na profundidade necessária quando afirma que a vida se manifesta no humano com a produção de discursos, principalmente aqueles que nos permitem ir contra os discursos que limitam a própria vida.…”
Section: Introductionunclassified
“…Outra noção de que a doença é algo próprio do doente e que tudo depende da forma e da significação que ele dá a ela é possível ser extraída de Safatle (2016), quando se vale da conceituação de Georges Canguilhem entre o que é normal e patológico e traz a discussão entre a diferença de uma concepção de saúde que "individualiza" e uma concepção de saúde individualista. Safatle (2016, p. 296-297) sustenta que:…”
Section: Psicanálise E Não Adesão: Por Qual Razão O Paciente Não Adere Ao Tratamento?unclassified
“…O autor diz que, de fato, a clínica médica procura, por meio de noções anatômicas, fisiológicas ou neuronais, determinar a realidade da doença, mas essa realidade só pode ser percebida pela consciênciaveiculada primeiro ao sujeito que sofrede decréscimo da potência e das possibilidades de relação com o meio. Safatle (2016) vai além e afirma que a saúde é norma que individualiza, e como o ser humano é capaz de criar novas formas de caminho para sua doença, diz que, na realidade, a verdadeira saúde é uma espécie de anomalia produtiva, como se as formas vivas fossem "monstros normalizados". Assim, Safatle (2016, p. 298) relata: "na vida não poderia ser diferente já que a vida, mesmo no animal, não é mera capacidade de evitar dissabores e se conservar.…”
Section: Psicanálise E Não Adesão: Por Qual Razão O Paciente Não Adere Ao Tratamento?unclassified