O inovacionismo em questão

Abstract

O documento publicado a seguir-A ciência e a agenda empresarial: as consequências nefastas da influência comercial sobre a ciência e a tecnologia-consiste na tradução do Sumário Executivo de um relatório produzido pelo movimento Scientists for Global Responsibility (SGR), do Reino Unido, e dado a público em setembro de 2009. Na primeira parte desta apresentação, tratamos do relatório da perspectiva do Reino Unido e, mais amplamente, dos países centrais; na segunda, procuramos esclarecer seu significado para o Brasil.

A inovação como política na educação e na modalidade a distância / Innovation as a policy in education and distance mode

“…Os resultados das cooperações geram publicações acadêmicas, teses de doutorado, artigos científicos que supostamente contribuem para a melhoria dos processos nas universidades e também nas empresas. Infelizmente, segundo Oliveira (2011) Essas iniciativas definem propostas institucionais e pedagógicas para a EaD.…”

“…Sobre o Future-se, as análises de (Neder, 2019;Oliveira, 2011) indicam que as relações Universidade-Governo-Empresas e as relações entre a Universidade e a Sociedade estão sob forte ameaça com programas desta natureza. A proposta vai ao encontro das medidas que, entre outras, incentiva no senso comum a ideia de que as vinculações entre Universidade-Empresas, são prioridade e que os empresários passarão investir em P&D. para atrair mestres e doutores de diferentes áreas numa inversão clara de valores.…”

Evidências da anomalia e atipicidade da Política de Ciência e Tecnologia nos discursos de gestores de Agências de Inovação

“…2 Na busca por ampliar o impacto do ensino, da pesquisa e da extensão via fomento de ações de empreendedorismo e estabelecimento de parcerias universidade-indústria-governo, o comportamento da comunidade de pesquisa vem sendo crescentemente influenciado pela práxis das agências de inovação -Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) destinados a gerir políticas de inovação de Instituições Científicas e Tecnológicas e de Inovação (ICTs) 3 (Brasil, 2004). Isso pode ser evidenciado pela ênfase recente ao inovacionismo, entendido aqui como a tendência de integrar a pesquisa acadêmica ao setor empresarial, 4 direcionando a pesquisa para a obtenção de inovações (Oliveira, 2011). Essa perspectiva fortemente alinhada a uma agenda neoliberal, que se firmou no Brasil no início dos anos 2000, alude a um movimento que busca incutir uma "cultura da inovação" -o inovacionismo -por meio de três planos de ação: econômico, institucional e jurídico (Oliveira, 2011).…”

“…Isso pode ser evidenciado pela ênfase recente ao inovacionismo, entendido aqui como a tendência de integrar a pesquisa acadêmica ao setor empresarial, 4 direcionando a pesquisa para a obtenção de inovações (Oliveira, 2011). Essa perspectiva fortemente alinhada a uma agenda neoliberal, que se firmou no Brasil no início dos anos 2000, alude a um movimento que busca incutir uma "cultura da inovação" -o inovacionismo -por meio de três planos de ação: econômico, institucional e jurídico (Oliveira, 2011).…”

“…No plano institucional, foram criadas entidades públicas, como as agências de inovação das ICTs, e privadas, sob a forma de associações empresariais. No plano jurídico, os principais marcos desse processo se deram com a criação dos fundos setoriais, em 1999; a realização da 2ª (Oliveira, 2011).…”