A leptospirose caracteriza-se como uma doença infecciosa, aguda, febril e potencialmente grave, causada por bactérias espiroquetas do gênero Leptospira. Trata-se de uma zoonose que possui distribuição mundial e acomete diversas espécies de animais. Entre os domésticos, os cães no meio urbano são fontes potenciais na transmissão da doença. Este trabalho teve como objetivo conscientizar e desenvolver ações educativas relacionadas com a prevenção da leptospirose canina em uma comunidade adjacente à Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Foram analisados 200 questionários, totalizando 260 dados referentes à vacinação de animais da espécie canina. Dos 260 cães, 21,15% (N= 55) apresentavam idade menor que um ano e 6,15% (N= 16) com idade de dezesseis a vinte anos, caracterizando o período de vida ideal para o animal receber a vacina contra leptospirose. Dos animais com acesso à rua, a maioria dos cães, 58% (N= 150) não tinham acesso à rua, 31% (N= 80) tinham acesso à rua sem o tutor, o que significava que podiam ir à rua sempre que quisessem e 11% (N= 30) com o tutor, sendo preconizados passeios diários com horários estabelecidos. Do total de cães, 34,7% (N= 90) não são vacinados, os animais imunizados totalizam 65,3% (N= 170). Sobre os casos de contato com roedores, 69% (N= 180) informaram que já houve casos de proximidade em casa, mas os mesmos não procuraram o atendimento médico veterinário e 31% (N= 80) informaram que nunca houve nenhum caso. Sobre as dúvidas acerca da transmissão da doença, 62% (N= 160) informaram que o principal meio de transmissão é através do contato com urina e/ou água contaminada, 15% (N= 40) acham que é através do contato com o animal doente e 23% (N= 60) dos entrevistados não souberam informar. As informações obtidas neste trabalho permitem concluir que mesmo a leptospirose sendo uma doença recorrente no município, ainda há uma falta de conhecimento acerca da transmissão e prevenção. Portanto, faz-se necessário a implantação de medidas educativas sobre a importância do