“…Essa lógica é parte das tecnologias socias que buscam enquadrar cada pessoa em uma identidade, adequar cada corpo a um único gênero, isto é, produzir homens ou mulheres ideais, "pessoas normais" (MISKOLCI, 2016, p. 11-12), as quais desempenham a idealizada e exigida coerência compulsória entre corpo, sexo, gênero e desejo, como nos alerta Bulter. Ainda nesse sentido, como nos adverte Trujillo (2015), e em consequência da breve incursão histórica empreendida nos parágrafos anteriores, a perspectiva queer traz consequências bastante potentes para os próprios movimentos sociais e políticas várias que se organizam em torno de sujeitos definidos e de identidades sexuais e de gênero bem delimitadas. Nas palavras da pesquisadora: [...] os saberes queer questionam a suposta coerência de identidades gays, lésbicas e transexuais, tornando-as suspeitas, evidenciando e desmantelando os processos regulatórios de formação e categorização dos sujeitos.…”