“…De inspiração neoliberal (ou seja, com base no princípio dos indivíduos e de organizações de cunho empresarial, bem como as organizações estatais, de fluidificar suas relações comerciais e decisões políticas, evitando excessivas regulações e/ou intervenções estatais) ou não, os valores supracitados demarcam a flexibilização e diálogo entre fronteiras políticas e institucionais, e a descentralização das políticas públicas dos poderes estatais, em que entidades civis e empresas multinacionais promovem princípios de governança e gestão de recursos humanos. Ou seja, é a tendência apontada por Amaral (2010) O distanciamento entre os dispositivos legais e as efetivas práticas é temática discutida por diversos autores, como Barbalho (2011), já supracitada; também Sabrina Moehlecke (2012) em "O ensino médio e as novas diretrizes curriculares nacionais: entre recorrências e novas inquietações"; e Bernadete Gatti (2010), em POLÍTICA EDUCACIONAL, fORmAçãO DE PROfESSORES E PROfISSãO DOCENTE: Um OLhAR SObRE A fORmAçãO DOCENTE Em hISTóRIA NA UECE "Formação de Professores no Brasil: características e problemas" e em "Políticas Docentes no nível federal: a perspectiva de um Sistema Nacional de Educação" (GATTI et al, 2011). Respectivamente as autoras abordam as dificuldades de execução das políticas educacionais com a qualidade do ensino superior público na América Latina e Brasil; no Ensino Médio brasileiro; nos cursos de licenciatura em Pedagogia, Letras (em suas diversas habilitações), Matemática e Biologia; e nos cursos em Educação à Distância (EaD), e apontam para a ineficácia dos Planos Nacionais de Educação (nas versões de 2001 e 2011) e suas metas, bem como nas diferentes modalidades de Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), como as de Formação de Professores, e do Ensino Médio, em induzir mudanças significativas na qualidade da educação brasileira em contrapartida às relações socioculturais construídas historicamente e entendidas apenas em um recorte temporal de longa duração.…”