O objetivo deste estudo foi comparar o efeito do treinamento físico muscular com pesos, realizando exercícios de maneira contínua e intermitente. Foram estudados 20 jogadores de futebol, com idade variando entre 18 e 20 anos, categoria juniores, antes e após 12 semanas de treinamento. Todos foram submetidos a teste máximo por repetição do grupo muscular extensores dos joelhos, utilizando o exercício LegPress na posição horizontal em equipamento (modelo Cybex, EUA). Eles foram divididos em dois grupos: (I) contínuo e (II) intermitente. Os exercícios foram realizados duas vezes por semana, em dias alternados. Ambos os grupos treinaram somente nas formas contínua e intermitente até o final do estudo. Na forma contínua, os futebolistas realizaram 3 séries de 12 repetições a 70% e após recuperação de 2 minutos mais 3 séries de 25 repetições a 50%. Na forma intermitente, os futebolistas realizaram também, na mesma sessão, 3 séries de 12 repetições a 70% e 3 séries de 25 repetições a 50% de maneira alternada, ou seja, uma série a 70% e logo após outra a 50%, e assim sucessivamente. Em ambas as formas de trabalho, a recuperação entre as repetições variou de 30 a 60 segundos. Antes e após o período de treinamento, os seguintes resultados foram verificados: o grupo I atingiu valores de força nos extensores dos joelhos de 132,0 ± 4,0 kg vs. 145,0 ± 5,0 kg, ganho significante de 10% (p < 0,05); o grupo II atingiu valores de 131,0 ± 7,0 kg vs. 161,0 ± 9,0 kg, ganho significante de 23% (p < 0,05). Quando comparamos o delta diferencial entre as duas modalidades de trabalho, o treinamento intermitente foi 11% maior (p < 0,05). Concluindo, ambas as formas de treinamento aumentaram a força muscular. Contudo, a alternância de intensidade dos exercícios, realizada na mesma sessão pela forma intermitente, foi mais eficiente e parece se ajustar melhor às características de solicitação motora realizada pelos futebolistas durante uma partida de futebol.